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Quando a humanidade silencia e o grito da convergência global acontece
Colunista

Quando a humanidade silencia e o grito da convergência global acontece

Os sintomas da patologia social são em primeira instância formatados pelo individualismo vigoroso, com a inclusão de um materialismo robusto. Vestido de uma alienação obtusa. O secularismo, marcado pela ausência do sagrado, consubstanciado pelo ceticismo teológico. Mesclado pela busca desenfreada do transitório, sem que o essencial, fosse o anelo padrão.

Posto isto, estamos perante uma humanidade fria, pálida e anêmica. Uma corporalidade assustadora, na esfera da patologia psíquiatrica, apontando um quadro negro escatológico. Reflexos que subscrevem limitações psíquicas e emocionais de grande escala.

Uma humanidade que precisa refazer o modelo, reconstruir uma sincera auto-análise. Formatando um caminho de resgate urgente. Urge mudar o quadro, antes (ser) humano para não se perder numa teia anti-humana. Um regresso ao absoluto, com a vestimenta do húmus, apropriando-se de uma metamorfose real. Num encontro consigo mesma, plasmado por um assertivo compromisso de mudança libertadora e profunda. Em síntese, circunstâncias antagônicas tem vindo a sublinhar as suas linhas.

Reflexões necessárias, somam intrínsecamente. Impossível não perceber o reflexo da crise global, do desespero e do atropelo permanente. Conjugação de tédio, com ausência de integridade, amparada numa visão míope de uma humanidade em pânico.

O inesperado, incorporado numa tensão universal, vem gerando uma convergência necessária na dimensão construtiva e revolucionária. Um retorno ao essencial, numa consciência colectiva, quanto impossível não ser. Um auto-regresso, numa via psicanalítica sincera. Superando as neuroses da procura alienada, e da incapacidade reflexiva. Uma humanidade reencontrada, numa caverna da ignorância com invólucro de uma frustração implacável. Despojada de um intelecto humilde e humano.

O silêncio íntimo não pode ser a resposta diante do descalabro. A construção de uma nova consciência pura e transcendente, deve intermediar e interpelar a esfera da colectividade geógrafica. O renascer de uma fraternidade absoluta, conjugada a uma espiritualidade cabal. Uma plataforma do saber, enraizada em princípios fundamentais. Deve renascer hoje! Porque amanhã, pode ser tarde.

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Redação