Érica Lopes é uma cabo-verdiana, nascida há 21 anos na Cidade da Praia, integrante da Marinha dos Estados Unidos há seis meses e que incorpora a equipa do navio militar USS Bulkeley que se encontra no País. No Março mês da Mulher, a a estória de uma jovem crioula na Marinha mais importante do mundo.
Descendente de uma família originária da ilha do Fogo, esta cozinheira que conserva a sua língua crioula, ao mesmo tempo que domina a inglesa, disse que encontrou na marinha uma alternativa, já que dantes estava difícil custear os estudos num colégio privado, admitindo, contudo, que tem sido uma experiência difícil a bordo do navio de guerra.
“Temos muito trabalho, é cansativo. Para além do nosso trabalho específico, damos a nossa colaboração a pessoas de diferentes comunidades, aos que operam nas diferentes maquinarias”, explicou, afiançando não ser uma vida fácil, já que se habitua aos condicionalismos do navio, com pouca privacidade, partilhando o balneário com outras colegas.
A sua convivência no navio, segundo explicou com toda a sua naturalidade, não é grande coisa, pois que praticamente trabalha na cozinha só com marinheiro, mas pretende seguir a carreira na marinha, atingir patamares mais altos e conhecer novos países do mundo e adquirir novos conhecimentos.
Passados estes tempos de uma nova aprendizagem, Érica disse que sente saudades da terra e dos familiares, sobretudo da mãe e avó apesar de ter partido cedo para a emigração nas terras do Tio Sam, pelo que perspectiva regressar ao país ainda este ano para conviver e “matar saudades”.
O navio militar USS Bulkeley encontra-se, neste momento, atracado na ilha do Sal no âmbito da primeira cimeira das forças marítimas africanas, evento que fez chegar a Cabo Verde uma importante delegação dos EUA liderada pelo secretário da marinha dos EUA, Carlos Del Toro, no quadro do reforço da cooperação e da segurança marítima e cooperativa.
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