Apenas São Vicente, Sal, Boa Vista e Mosteiros (Fogo) não estão na lista dos concelhos que o Executivo acaba de colocar em situação de calamidade, devido a quatro anos seguidos de seca e relacionada com a gestão de risco e segurança alimentar.
Na sua resolução nº 13/2022, aprovada ontem, 16 de Fevereiro, o Giverno explica que o país passa por dificuldades a nível agrícola, com produção agropecuária deficitária pelo quarto ano consecutivo de má azágua. “A situação presente caracteriza-se por um défice produtivo acentuado, especialmente nas zonas áridas e semiáridas, tanto a nível forrageiro, na disponibilidade de água, como em termos de produção de grãos, no regime de sequeiro”, com consequências negativas no rendimento das famílias (sobretudo as das zonas rurais que vivem dessa actividade económica), que , sua vez, afectam os ganhos alcançados a nível da educação, gestão urbana e ambiental.
A agravar isso tudo, realça a resolução do Governo, Cabo Verde luta desde Março de 2020 contra a pandemia da Covid-19 e os seus efeitos socio-económicos. “É neste contexto que se justifica a declaração do estado de calamidade, tornando-se urgente a intervenção do Governo no sentido de mitigar as consequências directas e indirectas do défice produtivo, sobretudo quando se prolongam em anos consecutivos”, diz o documento, acrescentando que estes ocasionam efeitos cumulativos e graves, como o abrandamento do crescimento económico e outros que comprometem o desenvolvimento económico e social do país, como o desemprego, a insegurança alimentar, a degradação da saúde, o êxodo rural, abandono escolar, de entre outros.
A resolução entra em vigor a partir desta quinta-feira, 17.
Comentários