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Governo vai subsidiar armadores de pesca com montante de 15 mil contos... mas só para o mês de Julho
Economia

Governo vai subsidiar armadores de pesca com montante de 15 mil contos... mas só para o mês de Julho

O Governo vai conceder aos armadores de pesca um subsídio de 15 mil contos, que deverá servir para colmatar a subida do preço dos combustíveis e também criar um fundo para os operadores com mais dificuldade.

A novidade foi avançada no final da manhã de hoje, no Mindelo, na sequência de uma reunião entre a Associação dos Armadores de Pesca de Cabo Verde (Apesc), o ministro do Mar, Abraão Vicente, e outras entidades ligadas ao ministério e que foi convocada após os armadores ameaçarem parar os barcos devido ao aumento dos combustíveis.

O presidente da Apesc, João de Deus Lima, assegurou à imprensa ter ficado satisfeito com a “boa nova” do executivo, que irá assumir os custos dos combustíveis, que aumentaram neste mês de Julho em cerca de 37, 2 por cento (%).

“Vamos ver agora o que vai acontecer depois de 31 de Julho”, considerou a mesma fonte, adiantando que o actual acordo é mensal e que deverá ser reanalisado no final de cada mês e conforme forem as subidas a nível internacional.

João Lima disse entender a impossibilidade de se fixar um montante mensal, uma vez que a guerra na Ucrânia não o permite.

O montante acordado será de 15 mil contos, sendo 12 mil para se negociar com as petrolíferas e três mil para a criação do fundo, que, ajuntou, a Apesc sempre pediu para apoiar armadores em maiores dificuldades, que será retirado do Fundo Autónomo das Pescas e do Fundo de Segurança

Esse subsídio, segundo a mesma fonte, apresenta-se como uma “luva” para os armadores, que podem agora operar com “mais tranquilidade”, ainda mais agora que começa a época de “maior captura”, que é a pesca da melva na ilha do Sal.

Do lado do Governo, o ministro do Mar, Abraão Vicente, assegurou que se criou um mecanismo para “rapidamente responder” à crise e impedir que o sector das pescas fosse paralisado.

“Embora, tenhamos que desdramatizar as afirmações do presidente quando diz que senão os barcos ficam nos portos. Todos sabemos que se os barcos ficam nos portos, todos perdem, não só a sociedade civil, como também os operadores”, considerou o governante, para quem este “não é momento de fazer braço de ferro” e sim de manter a relação de “muita cordialidade” com a Apesc.

Entretanto, segundo a mesma fonte, o executivo fará a análise mês a mês e pode ser que não consiga subsidiar a 100% , “caso a variação for muito extraordinária”, alertou.

Durante a reunião, a associação propôs ainda a possibilidade de o sector da pesca ter preços de combustíveis diferentes da marinha, por ser também uma actividade diferente.

Em resposta, Abraão Vicente lembrou que a pesca e marinha mercante já têm os preços diferenciados e “mais baratos do mercado”, entretanto, assegurou, o Governo está aberto para fazer as contas e ver essa possibilidade.

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