O Governo está a estudar a possibilidade de criar uma empresa de logística para o setor agropecuário, tendo como um dos objetivos mitigar os efeitos das oscilações dos preços nos mercados internacionais, disse hoje fonte oficial.
“Estamos neste momento a estudar a possibilidade de criar uma empresa de logística do setor agropecuário, que não tem necessariamente de ser uma empresa pública, os privados serão convidados a fazer parte dessa empresa”, avançou em conferência de imprensa, na cidade da Praia, o secretário de Estado para a Economia Agrária, Miguel Ângelo da Moura.
De acordo com o membro do Governo, os primeiros contactos com os operadores do setor já foram feitos, para avançar com um estudo técnico e de viabilidade.
Um dos objetivos da empresa, prosseguiu, é o país poder mitigar os efeitos das oscilações de preços nos mercados internacionais, que é algo que não controla e que não dependem do Estado de Cabo Verde.
“Já temos os termos de referência elaborados, vamos contratar uma empresa de consultoria para definir os termos em que essa empresa possa vir a luz e como é que poderá acontecer a participação dos privados e do Estado”, continuou, explicando que será uma empresa diferente da de logísitca que o país pretende criar, mas para o setor dos combustíveis.
“Neste momento, a ideia é impedir que os fatores que impendem sobre a oscilação tenham impacto mais gravosos na produção pecuária em Cabo Verde”, completou Miguel da Moura.
O anúncio do governante aconteceu na mesma conferência de imprensa sobre as notícias que dão conta da subida do preço do milho de segunda (destinado à produção de ração animal), que avançou 32% em 2021, em relação ao ano anterior.
O secretário de Estado justificou os aumentos dos preços no mercado nacional com as oscilações no mercado internacional desde início da pandemia de covid-19, na ordem de 24%, com tendência em alta, que se acentuaram a partir de outubro de 2020.
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