Governo ameaça "executar" contrato de concessão com CVI por causa do 'caos' na linha São Vicente-Santo Antão
Economia

Governo ameaça "executar" contrato de concessão com CVI por causa do 'caos' na linha São Vicente-Santo Antão

O Governo não está contente com a desorganização na linha marítima entre Santo Antão e São Vicente, cujo serviço prestado pela nova operadora, a Cabo Verde Inter-ilhas (CVI), deteriorou-se nos últimos 15 dias. O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, garanbtiu aos operadores económicos de Santo Antão, que já pediu a CVI para “repor, imediatamente, a normalidade”, nesta rota.

Olavo Correia admitiu, num encontro este sábado, 31 de Agosto com os operadores económicos da ilha das montanhas, que o serviço antes prestado deteriorou-se com a nova concessão, mas garantiu que já aconselhou a empresa a repor a normalidade sob pena de o Governo “executar” o contrato de concessão, em vigor desde o dia 15 deste mês de Agosto.

“No geral”, a empresa iniciou “bem” as operações a nível nacional, mas acontece que Porto Novo/Mindelo é uma linha específica que deve ser encarada como tal, no entender do vice-primeiro-ministro, que disse que o está a conhecer foi “um erro, que deve ser corrigido, rapidamente”.

Os operadores económicos, além da “desorganização” na venda de bilhetes de passagens, denunciaram ainda o aumento de preço no transporte das viaturas e a introdução de uma taxa de 250 escudos para bebes.

Olavo Correia afastou qualquer possibilidade de haver alteração nas tarifas, tranquilizando, assim, os operadores económicos.

Adelino Lopes, um dos operadores económicos presente na reunião, disse que a classe está “indignada” com a situação reinante no percurso Porto Novo/São Vicente, alertando que, caso não sejam tomas medidas, para a reposição do serviço antes existente, é intenção dos empresários avançarem para uma manifestação.

Num documento assinado pelos operadores, estes consideram que a CVI, sem qualquer embarcação nova, não está em condições de assegurar o serviço de transporte inter-ilhas em Cabo Verde, aconselhando o Governo a rever o contrato assinado com essa empresa.

Paulo Lopes, representante da CVI, admitiu que, no caso da rota Porto Novo/São Vicente, “o processo, efectivamente, não correu da melhor forma”, mas assegurou que a operadora está a proceder às correcções e vai cumprir com o que está estipulado no contrato de concessão.

Segundo este responsável, que negou o aumento das tarifas, a empresa está a trabalhar para, “o mais brevemente possível”, colocar na linha entre Santo Antão e São Vicente uma embarcação nova, já na fase construção.

Esta rota é assegurada apenas pelo navio Inter-ilhas, que está a efectuar quatro viagens diárias.

Com Inforpress

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