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Falta de vistos inviabiliza participação de empresários cabo-verdianos na primeira Cimeira de Negócios da CPLP
Economia

Falta de vistos inviabiliza participação de empresários cabo-verdianos na primeira Cimeira de Negócios da CPLP

Apenas uma empresa cabo-verdiana vai estar presente na primeira Cimeira de Negócios, promovida pela Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), a partir deste quarta-feira na cidade de Malabo, na Guiné Equatorial.

A informação foi avançada à Inforpress pelo presidente da Câmara de Comércio de Sotavento, Jorge Spencer Lima, a partir de Malabo, indicando que para além dos laboratórios Inpharma, cujo representante já se encontra no local do evento, havia outras empresas cabo-verdianas interessadas em participar do evento, que ficaram retidas devido às dificuldades com vistos.

“Houve problemas com vistos e alguns empresários não puderam vir porque neste momento o Centro Comum de Vistos está fechado e não puderam ter acesso ao visto para viajar via Portugal”, explicou.

Um problema que poderia ser evitado com avanços na questão da mobilidade.

Na última Assembleia-geral da CE-CPLP, realizada na cidade da Praia, Jorge Spencer Lima havia dito que “sem a mobilidade não há comunidade, sem mobilidade não há negócios e sem negócios a CPLP é um saco vazio, um saco oco, na medida em que nenhuma parte de mundo se construiu uma comunidade de políticos”.

“Política é um elemento fundamental desse processo, mas sozinho não existe. Se os empresários não conseguem andar de um lado para o outro, se não conseguem encontrar-se para discutir, para fazer negócios, vamos continuar a falar de algo que na prática não tem substância”, acrescentou na altura.

A delegação cabo-verdiana, liderada pelo ministro do Comércio, Indústria e Energia, Alexandre Monteiro, é composta por sete elementos, dos quais cinco da comitiva oficial, mais um representante dos laboratórios Inpharma e da Câmara de Comércio de Sotavento.

Entretanto, Jorge Spencer Lima espera do encontro, a realização de “bons contactos empresariais”.

“A Inpharma já está bastante interessada na questão dos medicamentos, da procura e venda de medicamentos e vamos continuar nesses contactos com mais força para busca de novas parcerias”, disse.

O encontro de empresários tem como objectivos consolidar a integração da Guiné Equatorial na CPLP, de que é membro desde 2014, e demonstrar o potencial, enquanto país de recursos e oportunidades, colocando-o na rota do investimento estrangeiro”, segundo a organização, citada pela Lusa.

“A ideia é fazer cimeiras económicas nos países da CPLP e a Guiné Equatorial foi o primeiro país a disponibilizar-se”, disse Mário Simões, vice-presidente da Comissão Executiva da CE-CPLP, adiantando que estão já marcadas cimeiras para Angola, em Julho, e Guiné-Bissau, em Novembro.

Gás, turismo, agricultura, pescas, valorização de activos, banca, formação são alguns dos sectores das empresas portuguesas que participam na cimeira de negócios, a maioria das quais visita o país pela primeira vez à procura de oportunidades de investimento.

A iniciativa será oficialmente aberta pelo Presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

O chefe de Estado de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca e presidente em exercício da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, deverá intervir online.

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