Covid-19: FCF indignada com suspensão dos campeonatos regionais. "Duro golpe para o futebol"
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Covid-19: FCF indignada com suspensão dos campeonatos regionais. "Duro golpe para o futebol"

A Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) está indignada com a suspensão dos campeonatos regionais da modalidade, por considerar que o futebol não deve ser responsabilizado pela situação a que se chegou a pandemia em Cabo Verde.

Em entrevista à RCV, o presidente federativo, Mário Semedo, considerou mesmo tratar-se de “um duro golpe para o futebol”, afiançando que mesmo antes as comissões locais da Boa Vista e do Sal tomaram uma decisão em relação ao futebol, o que “pode indiciar uma mensagem falsa de que o futebol tenha sido o causador de surgimento de novos casos”.

“Nós respeitamos. Todos nós primamos pela saúde pública, somos responsáveis. A situação, de facto, está um pouco séria, mas o problema é que é o futebol que paga”, retorquiu.

Numa altura em que os campeonatos regionais de futebol já caminhavam para a sua recta final, Mário Semedo disse que a FCF se sente “indignada” com tais procedimentos, argumentando que mesmo nas ilhas onde as provas de futebol foram interrompidas os casos têm aumentado.

Ao mesmo tempo disse não acreditar em como o Campeonato Nacional poderá correr o risco da sua materialização, considerando mesmo que “seria desastroso”, realçando que a prática do futebol tem cumprido com as medidas de restrições e que em regra não tem havido presença de público nos estádios.

“Houve milhares de contos envolvidos, investidos nesta retoma, pelos clubes, associações e federações. Penso que seria desastroso e nem quero acreditar que, de facto, isto venha a acontecer”, explicitou Semedo, que disse lamentar o facto da FCF não ter sido ouvida antes da decisão de suspender as actividades desportivas.

O Governo determinou na sexta-feira passada o encerramento de todas as instalações desportivas, proibindo também a prática da actividade, além de limitar o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de zonas balneares, por um período de 30 dias, na sequência do estado de calamidade decretado em todas as ilhas, excepto a Brava.

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