É um encontro de banqueiros e tem como finalidade “pegar em operações de risco muito elevado (muito comuns em África) e transformá-los em negócios mais aceitáveis”. Palavras de Amr Kamel, vice-presidente executivo do Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank), pai do evento.
A confirmação deste seminário foi recentemente dada ao ministro das Finanças, Olavo Correia, aquando da sua deslocação ao Ruanda, onde foi participar na 24ª Assembleia Geral dos accionistas do Afreximbank (decorreu de 26 de Junho a 01 de Julho).
Uma missão considerada muito importante pelo Governo, sendo vista como oportunidade para o reforço da cooperação entre Cabo Verde e esta importante instituição Pan-africana.
Olavo Correia aproveitou a ocasião para reforçar o interesse de Cabo Verde em receber a próxima Assembleia Geral dos Accionistas da Afreximbank - o evento maior desta instituição financeira internacional.
O Governo entende que Cabo Verde reúne os requisitos necessários para para alojar um evento desta envergadura, estando a sua candidatura em análise. A confirmar-se, será já no próximo ano, e deverá ser mais uma grande oportunidade para o sector privado nacional, visto que é atendida por diversas instituições financeiras.
Nesta deslocação ao Ruanda, o ministro das Finanças reuniu-se com os seus homólogos do Ruanda e das Seicheles e ainda com grandes investidores africanos, com vista à mobilização de financiamentos para Cabo Verde. Por exemplo, o Ruanda Development Board, com quem existem já perspectivas de cooperação e que se poderão concretizar brevemente.
O “Structured Trade Finance” que vai ser realizado aqui, em Novembro, destina-se aos banqueiros africanos, e é realizado num pacote de dois anos consecutivos. O último aconteceu na República das Seicheles em que participaram cerca de 300 banqueiros de todo o Continente Africano. Os oradores chegam, entretanto, de todos os cantos do mundo.
Este evento foi lançado há 10 anos e já passou por países como Egipto, Etiópia, Nigéria, Zimbábue e Costa do Marfim.
É caracterizado como a “arte de pegar num projecto, detectar aonde estão os riscos e dividi-los de certo modo que se torna possível afastá-los de pessoas menos capazes de os dissipar e entrega-los àqueles mais capazes”, explicou o vice-presidente Executivo do Afreximbank, Amr Kamel, aquando da sua recente visita a Cabo Verde.
Na prática, “é pegar em operações de risco muito elevado (muito comuns em África) e transformá-los em negócios mais aceitáveis”, concluiu Kamel.
De frisar que o Afreximbank é uma instituição Pan-africana, fundada em 1993, da qual Cabo Verde é membro fundador.
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