Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vai ouvir hoje o presidente da Comissão de Protecção de Dados e o director do jornal A Nação sobre a quebra do sigilo bancário e a publicação da lista dos 50 maiores clientes do Novo Banco.
O primeiro a ser ouvido é o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados, Faustino Varela, cujo órgão que dirige acabou por multar tanto o Novo Banco quanto o Banco Central por permitirem a quebra do sigilo bancário e a consequente divulgação de uma lista de 50 maiores clientes do extinto banco público publicado pelo jornal A Nação.
O próprio director desse semanário, Alexandre Semedo, também vai ser ouvido hoje pela CPI, que quer esclarecer esse episódio que despoletou críticas da sociedade civil, do governo, do BCV, Câmaras do comércio e dos partidos políticos por invasão de privacidade e divulgação de informação financeira particular do NB.
De amanhã, 1 de Agosto, até o dia 3, vão prestar declarações à CPI que investiga o Novo Banco mais oito responsáveis de entidades que directa ou indirectamente lidavam com o NB. A lista inclui o ex-presidente do Novo Banco, o presidente do INPS, o presidente da Comissão Executiva da Caixa Económica, o presidente do Sindicato das Instituições Financeiras, o actual governador do Banco Central, o ex-presidente do INPS, entre outras instituições.
Antes, entre 10 e 14 de Julho a mesma CPI tinha ouvido pelo menos mais 14 individualidades que tiveram ligações como o extinto o Novo Banco. Destas, destacam-se a ex-ministra das Finanças (Cristina Duarte) e seu sucessor, Olavo Correia, o ex-governador do BCV, o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados e o ex-presidente do IFH.
Conforme garantiu o seu presidente Manuel Inocêncio Sousa, esta CPI tem a missão de averiguar para esclarecer cabalmente as causas que poderão ter estado na origem da alegada má gestão do Novo Banco, extinto em Março pelo BCV.
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