Lura já o tinha referido durante a actuação, no Castelo de Sines, quando confessou que, depois de ter uma filha, não lhe passaria pela cabeça voltar a repetir a experiência.
“Valorizo muito mais a mulher [agora]”, reconhece. “A força da mulher é muito presente, sobretudo em Cabo Verde, que é um país muito matriarcal, em que a mulher assume a maior parte das tarefas familiares”, realça.
Nina, de sete meses, tem acompanhado a mãe para onde ela vai. Afastada uns tempos, por causa da maternidade, Lura adiou a promoção do último trabalho, “Herança”, mas já está a preparar o próximo, procurando “um disco mais fresco”, que “ainda está em criação”.
Nascida em Lisboa, Lura só visitou Cabo Verde quando tinha 21 anos, mas vive há três anos no país africano, o que “faz toda a diferença”. Deixou de cantar apenas “um país romântico” e envolto na morabeza (sentimento tipicamente cabo-verdiano, difícil de traduzir, como a saudade).
Hoje, fala “com mais conhecimento de causa”, cantando um “país normal, com coisas muito boas e menos boas”, distingue, dando o exemplo da canção “Maria Di Lida”, que resulta da “noção mais clara do que é ser mulher, dessa força e responsabilidade da mulher na sociedade”.
Com Lusa e Inforpress
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