Economia

A apresentação de propostas no âmbito do concurso lançado pela Unidade de Gestão de Projetos Especiais (UGPE) para fornecimento, instalação e colocação em funcionamento de sistemas fotovoltaicos ligados à rede para autoconsumo dos Centros de Saúde de Cabo Verde e Equipamentos para Eficiência Energética decorre até 03 de agosto e conta com financiamento do Banco Mundial e do Fundo para a Energia Limpa e Clima Florestal do Canadá.

Prevê, no prazo de até 220 dias após a consignação dos contratos e entre outros investimentos, a instalação de sistemas fotovoltaicos em centros de saúde das ilhas de Santiago (13), São Vicente (oito), Santo Antão (três), São Nicolau (dois), Sal (dois), Fogo (dois), Maio (um) e Boa Vista (um). O projeto inclui igualmente a substituição de lâmpadas convencionais por tecnologia LED nestes centros de saúde.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou em 23 de maio, no parlamento, que Cabo Verde quer alargar o projeto de substituição da iluminação pública por tecnologia LED a todos os municípios do país e instalar painéis solares nos edifícios públicos, para autoconsumo.

“A substituição de lâmpadas convencionais por LED nos pontos de iluminação pública pode representar uma poupança de cerca de 50% do combustível na geração térmica. O processo foi iniciado na cidade da Praia e em Santa Maria, na ilha do Sal, e será estendido a nível nacional”, disse Ulisses Correia e Silva.

O chefe do Governo apontou até então que 27% dos 76 mil postos de iluminação pública do país foram já substituídos por tecnologia LED, no caso nas cidades da Praia e de Santa Maria.

Acrescentou que está “em desenvolvimento” o processo de “massificação da microprodução”, através de painéis solares, “para o autoconsumo nos serviços públicos com início nas escolas, nos Paços de Concelhos dos diversos municípios e em estruturas de saúde”.

Revelou ainda que avançará igualmente a substituição dos painéis do Parque Solar do Palmarejo, na Praia, “por outros mais eficientes”, o que “irá aumentar a capacidade instalada de 4,4 MW [megawatts] para 10 MW”.

“E uma poupança no consumo de combustíveis na produção de eletricidade, equivalente a 3,5 milhões de euros por ano”, enfatizou.

Atualmente, mais de 80% da eletricidade consumida em Cabo Verde é produzida em centrais térmicas, sendo a restante garantida por parques eólicos e solares.