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Câmara Municipal de Santa Catarina, em 2024, sou Candidato às eleições
Ponto de Vista

Câmara Municipal de Santa Catarina, em 2024, sou Candidato às eleições

INICIATIVA CIDADÃ, IC é a força em constituição, que eu liderarei, para, em 2024, encarnar a tão desejada mudança e personificar uma virtuosa alternância, para a Câmara Municipal de Santa Catarina. Ela integra cidadãos nacionais e estrangeiros, residentes e da diáspora, sem partidos políticos e de vários partidos políticos, com o explicito fim de liderar e proporcionar um outro Desenvolvimento Autárquico para o Concelho de Santa Catarina.

No passado mês de abril, há justamente três meses, dei a conhecer a todos os meus conterrâneos, residentes no país e na diáspora, a ideia de ter em avaliação, com fortes possibilidades, a apresentação de uma candidatura não partidária à Câmara Municipal de Santa Catarina. Na mesma comunicação, fiz o registo sintético de que havia seis meses que tinha estado em contacto com as pessoas do município e a atualizar os feitos realizados, nos últimos anos. Constatei e apresentei alguns problemas encontrados, como, por exemplo, o recuo no desenvolvimento do concelho, desilusões estruturantes com as sucessivas Câmaras Municipais, a desorganização e o amadorismo na gestão camarária e a excessiva partidarização das decisões e das oportunidades, com fortes reflexos na vida dos jovens, num município onde a média da população é de 29,4%.

Hoje, na esteira de continuados contactos e avaliações, reforcei o que vagamente sabia. O Concelho de Santa Catarina tem uma tamanha vitalidade criadora e anárquica, que não encontra organização nem orientação do Poder Local. O município está bastante desequipado e desassistido, para aquilo que o seu desenvolvimento precisa. Há largos segmentos de famílias em extrema pobreza, sem o básico para o dia a dia e para garantir a educação condigna dos filhos. Não obstante tudo isso, existe uma pérola argumentária, envolta numa propaganda partidária, que é desmentida pela realidade e que urge pôr cobro e resolver.

À custa das fracas lideranças, Santa Catarina, com 46.755 habitantes, sofre do paradoxo dos dinossauros. O Concelho possui estruturas, capitais e potencialidades grandes que não se respaldam em ideias e utilidades para o tão necessitado desenvolvimento. De pouco ou nada têm servido, para a transformação e recentragem deste município da Região Norte de Santiago, os seus recursos naturais, culturais, humanos e diaspóricos. Esses extraordinários recursos endógenos aguardam por quem os saiba, estrategicamente, mobilizar, dar vigor produtivo e os colocar ao serviço do desenvolvimento, em detrimento de se esperar pelo Fundo de Financiamento Municipal e fatias de outros fundos, agora, consagrados para alavancar os municípios, como o Fundo de Ambiente e o Fundo do Turismo.

Paradoxalmente, constatei que, nos últimos tempos, o que de bom considera a Câmara Municipal, na sua ingénua avaliação, tem sido ineficiente para as pessoas e para o desenvolvimento do Concelho.  Ao contrário, o que de ruim apontam os cidadãos tem sido o que de mais eficiente consegue efectuar a Câmara Municipal. A resiliência dos santa-catarinenses é ainda grande. Mas, os cidadãos do concelho não podem viver do que sobra, em termos das opções de lideranças partidárias. Não podem aceitar ser liderados com o que há, em termos do que vem das hostes partidárias, ou apoiar a Câmara á quem, sem eira nem beira, os Partidos Políticos colocar no lugar certo, na hora certa, outra vez.

Após ter anunciado estar em avaliação a possibilidade de uma candidatura a Câmara Municipal de Santa Catarina, intensifiquei ainda mais os contactos com os munícipes, fui várias vezes interpelado na rua, em locais públicos e recebi diversos telefonemas e mensagens de conterrâneos residentes e na diáspora. Manifestaram o seu total apoio na formulação da candidatura e disponibilizarem-se para integrar a lista de disputa numa jornada de cidadãos para o Poder Local. Senti-me honrado, agradecido, motivado e robusteci bastante a minha tomada de decisão.

Reforcei conhecimentos já adquiridos que Partidos Políticos são, de entre outras alternativas e em muitos casos, atalhos precários para organizar o poder político e encetar o desenvolvimento em todos os níveis do poder. Nas Autarquias Locais, por exemplo, Partidos Políticos não são determinantes para disputa e promoção do processo de desenvolvimento. Cidadãos organizados servem-se melhor os seus interesses do que organizações partidárias. Ao nível das Câmaras Municipais, como tem sido em Santa Catarina, demonstraram os Partidos Políticos ser atalhos dispendiosos, conflituosos e ineficientes. Têm colocado os cidadãos na camisa-de-força das ideologias com custos de burocracias, corrupção e clientelismo.

Qualquer pessoa se sente, estando com as pessoas e observando todo o entorno que constitui o Concelho de Santa Catarina, que para um outro Desenvolvimento Local possível, Santa Catarina necessita de um Novo Pacto de Confiança para o Poder Local. Um Pacto de Confiança cuja liderança deve ser assumida pelos seus cidadãos, com o compromisso de edificar uma pujante economia local que tire o concelho da rotina apequenada em que se encontra e resgate a auto-estima dos cidadãos. É minha convicção e assim farei, ao ser eleito, para que, Santa Catarina ao se consertar terá o papel de disponibilizar luz e alento à toda Região de Santiago Norte que, neste momento, não se sabe a que Santo apegar. Na Presidência da Câmara Municipal criarei incentivos para o retorno e investimento dos quadros e filhos do concelho que vivem espalhados pelo país e na nossa vasta emigração onde, incansavelmente, pensam e trabalham para o fortalecimento do seu desenvolvimento.

A Cidade de Assomada, em Santa Catarina, bem equipada, com infraestruturas estratégicas e requintadas, com arrojadas apostas na economia local, cultura e lazer, posiciona-se como alternativa à Cidade da Praia na Região Norte de Santiago.  Neste quesito, apercebi que os batalhadores e honrosos emigrantes, os jovens - forças vivas do concelho, bem como os quadros de grande gabarito do Concelho de Santa Catarina encontram-se indignados com as opções de liderança oferecidas ao seu concelho. Manifestam-se, dando a voz, contra   o subdesenvolvimento do seu concelho, e não querem resignar-se à emigração, residir e/ou a investir na Cidade da Praia.

Grato por tudo o que ouvi, vi, apercebi e vivenciei, junto dos meus conterrâneos, amigos, colegas, ex-colegas, familiares, conhecidos e estrangeiros residentes de Santa Catarina, não tenho vontade de ser Candidato ao Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina. Devo ser Candidato ao Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina. Perdi em vontade o que ganhei em chamamento e lucidez. Queria chegar a ser candidato a liderar esta Câmara não por prazer, mas por ser um dever de um seu filho aquele aquém muito lhe deve. Muito obrigado a todos que contribuíram para a definição e assumpção deste tão nobre, desafiante compromisso e responsabilidade. 

Santa Catarina é, doravante, onde serei mais útil às ideias que quero defender e testar, tanto como munícipe como enquanto Cientista Político. O seu desenvolvimento sobre a economia local e regional, as pessoas com os seus desafios, novos investimentos e transformação na educação, na cultura, saúde, desporto e economia, são, daqui em frente, o foco da minha atenção e diálogo, tendo em vista a vitória nas próximas eleições autárquicas. Continuarei a dialogar e auscultar as pessoas e conservarei a minha liberdade de palavra e ação, de agir e de pensar, como sempre.

Por experiência, sei que ninguém nos serve melhor do que nós mesmos. Todas as pessoas sabem isso e os santa-catarinenses também sabem disso.  Não podemos esperar que o desenvolvimento de Santa Catarina se faça através de vontade e recursos alheios. Os que não são do nosso concelho e não se identificam com ele não podem estar a decidir por nós.

INICIATIVA CIDADÃ, IC é a força em constituição, que eu liderarei, para, em 2024, encarnar a tão desejada mudança e personificar uma virtuosa alternância, para a Câmara Municipal de Santa Catarina. Ela integra cidadãos nacionais e estrangeiros, residentes e da diáspora, sem partidos políticos e de vários partidos políticos, com o explicito fim de liderar e proporcionar um outro Desenvolvimento Autárquico para o Concelho de Santa Catarina.

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