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Luta livre: Leigh Jaynes terceiro do “ranking” mundial quer levar Cabo Verde a Paris’2024 e difundir modalidade no País
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Luta livre: Leigh Jaynes terceiro do “ranking” mundial quer levar Cabo Verde a Paris’2024 e difundir modalidade no País

A atleta norte-americana, filha de pais cabo-verdianos, Leigh Jaynes, sete vezes campeã dos EUA e terceira do “ranking” mundial de luta livre nos 62 quilogramas está confiante na possibilidade de disputar a qualificação olímpica por Cabo Verde.

Depois de ter representado a selecção dos Estados Unidos da América ao mais alto nível, ao logo de dez anos, Leigh Jaynes, que se encontra por estes dias a conhecer a terra de origem, tem-se desdobrado no intensificar dos treinos, na difusão da modalidade junto dos mais jovens e na procura de documentação para adquirir a nacionalidade cabo-verdiana.

Outrora capitã das forças militares dos EUA, Leigh Jaynes colecciona títulos internacionais, criou a sua própria escola, mas de há três anos a esta parte, decidiu deixar a selecção norte-americana para se internacionalizar ao serviço de Cabo Verde e difundir a modalidade no País.

“Dez anos atrás estava a treinar no Centro de Treinamento dos Jogos Olímpicos localizado em Colorado Springs, Colorado nos EUA e tive sempre o sonho de lutar pelo País originário do meu pai, apesar de eu pensar que seria quase impossível. Felizmente durante os 10 anos eu consegui criar a Federação de Wrestling/ Luta Livre que servirá potencialmente para competir e representar Cabo Verde na minha última participação nos Jogos Olímpicos”, realçou em declarações à Inforpress.

“Eu tive uma boa carreira. Fui campeã sete vezes no campeonato nacional dos EUA, fui três vezes com a equipa nacional no Mundial e ainda obtive uma medalha de bronze. Esta aventura para os Jogos Olímpicos serve para abrir portas a novas gerações em Cabo Verde. Por exemplo, nos Estados Unidos há muita oportunidade, comparado com outros países. Eu quero trazer essa oportunidade para Cabo Verde”, explicitou.

De Cabo Verde, terra originário dos pais e avós, Leigh Jaynes disse que aprecia a “boa gastronomia, óptimas pessoas, língua amável e um País maravilhoso e propícia para que a actividade de luta livre/wrestling tenha um bom impacto”, realçando que “aqui há bons atletas, as pessoas são fortes e há muita paixão no que se faz”.

Para esta especialista, falta ao País a grande oportunidade para que a luta livre/wrestling seja praticada aqui e cresça como uma das melhores federações desportivas em Cabo Verde.

Opinião corroborada pelo “coach” Eugene Moreno, filho de pai cabo-verdiano (Tarrafal de Santiago) nascido nos EUA que também acompanha a atleta nesta “aventura”. Outrora praticante de luta livre durante quatro anos e actualmente proprietário de dois clubes de luta nos EUA é co-fundador da Associação Cabo-verdiana nos Estados Unidos da América.

“Leigh Jaynes é a atleta mais determinada e trabalhadora que eu já conheci e está entusiasmadíssima para fazer parte do time de Cabo Verde”, garantiu, afirmando que, quando conheceu a atleta, soube do sonho dela e se prontificou em ajudá-la no projecto de trazer a modalidade para o arquipélago.

“O nosso clube também nos EUA faz a mesma coisa, trabalha com crianças em situação desfavorecida e esperamos dar-lhes a chance de ir à Universidade e temos a chance de fazer praticamente a mesma coisa aqui. Estamos extremamente entusiasmados com este projecto”, frisou Monteiro.

Já o Grande Mestre das Artes Marciais, Joseph Pina, que tem estado na linha da frente da promoção dos atletas crioulos no EUA, enalteceu o projecto de Leigh Jaynes de introduzir a modalidade no País, e buscar qualificação para Jogos Olímpicos Paris 2024, afiançando estar perante uma figura de eleição mundial e que enquanto capitã militar lutou sempre pela selecção norte-americana.

“Já tem os documentos bem encaminhados na administração cabo-verdiana e espera tornar este sonho uma realidade brevemente, pois, acredita que vai despedir-se da competição mundial nos Jogos Olímpicos para dedicar todo o seu tempo à formação de atletas tanto em Cabo Verde como nos EUA”, enalteceu, ressalvando que já conta com muitos jovens atletas, de raízes cabo-verdianas, se formando.

Considerando que se aproxima a qualificação africana para Paris 2024, a ser disputada brevemente no Egipto, Joseph Pina disse que vai ser uma mais valia para Cabo Verde estar presente nesta qualificação já que a atleta, filha de pai originário da ilha do Fogo, sonha vencer uma medalha olímpica para Cabo Verde.

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