Desporto

O chefe do Governo justificou a distinção ao médio, que já passou por vários clubes em Portugal, pela sua dedicação, entrega e serviços prestados a favor do desporto nacional, “que honram e orgulham a nação cabo-verdiana”.

“O que distingue este desportista de exceção é, para além do talento, a sua fibra, a capacidade de lutar, de trabalhar, e acima de tudo, de acreditar nele próprio e nas suas capacidades. Tem, em suma, a coragem e a abnegação que são próprias dos vencedores, valores esses que devem ser passados às gerações vindouras”, considerou o Governo.

Nas suas declarações, Marco Soares, acompanhado da família e visivelmente emocionado, disse que a homenagem é uma forma de sentir o “amor e paixão” do povo cabo-verdiano.

Na segunda-feira, o futebolista anunciou a sua retirada da seleção cabo-verdiana de futebol, após 16 anos e 53 internacionalizações, a maioria como capitão dos ‘Tubarões Azuis’.

‘Peça-chave' no meio-campo da seleção nos últimos anos, Marco Soares, DE 38 anos, disse que deixa a equipa com sentimento de “gratidão” e que é altura de dar espaço aos mais jovens.

Atualmente sem clube, depois de terminar contrato com o Arouca, o médio defensivo também disse que a qualquer momento pode pôr um ponto final na sua carreira de futebolista para abraçar outros projetos e dar mais atenção à família.

O jogador, que nasceu em Setúbal em 16 de junho de 1984 e só conheceu o país africano aos 20 anos, disse que o apuramento para a Taça das Nações Africanas (CAN) de 2013 foi o seu ponto alto na seleção cabo-verdiana, que foi eliminada na altura nos quartos de final pelo Gana.

O jogador estreou-se na seleção cabo-verdiana em 27 de maio de 2006, com 21 anos, precisamente num particular entre Portugal e Cabo Verde (4–1), marcou três golos em 53 internacionalizações, terminando como o quinto jogador mais internacional por Cabo Verde.

Em Portugal, representou clubes como Arouca, Feirense, União de Leiria e Olhanense, tendo também jogado em outros países, em equipas como Omónia Nicola e AEL Limassol (Chipre), Pandurii (Roménia) e 1.º de Agosto (Angola).