Festival de artistas em Noite Branca leva ao rubro a multidão na Praia Maria
Cultura

Festival de artistas em Noite Branca leva ao rubro a multidão na Praia Maria

A edição de 2021 da Noite Branca, encerrada esta madrugada na zona histórica do Plateau, foi uma intensa noite cultural que dominou os dois dias de espectáculos, sobretudo no último dia marcado por uma multidão eufórica.

Com a música no centro de todas as atenções, a Câmara Municipal da Praia deu continuidade, “com pompa e circunstância”, a este que já é referenciado como das maiores manifestações culturais que a capital realiza anualmente, em que a música se associa a diversas artes como a feira de artesanato, a gastronomia, a pintura, a cestaria e a panaria, as feiras infanto-juvenis, entre uma variedade de artes.

Com quatro palcos implantados ao longo da zonas limítrofes do Plateau, a Avenida Amílcar Cabral, foi cenário mais concorrido, já que no denominado “palco Jovem” desfilaram músicos, intérpretes, compositores e DJ de gerações diferentes, desde fenómenos como Kino Cabral, a jovens da música moderna como Tranka Fulha, Prego Prego, Gá da Lomba, Trakinos e Patronato actuaram para o gáudio da “malta jovem”.

Já no “Palco Funaná”, idealizado em Ponta Belém, o agrupamento musical os Bulimundo, liderado pelo seu vocalista Zeca Nha Reinalda, assim como os “Ferro Gaita”, voltaram a arrasar a plateia com os seus estilos tradicionais, apadrinhando actuações de agrupamentos e artistas como “Herdeiros de Codé de Dona” e Domingo Xibiote, além de jovens bandas como Lensu Maradu e Varanda.

Além destes palcos, a noite foi ainda assinalada, pelo festival de dança jovem, já que o cenário montado no Largo do Ténis, recebeu um número muito expressivo de jovens que acorreram ao local para vibrarem com actuações da “escola de Dança e Arte”, Ballet, Putos d’Madrugada e Embaixada Brasil Ballet de entre outros.

Já na Praça Luís de Camões, na Pracinha da Escola Grande, desfilaram artistas como Solange Cesarovna, Mário Marta, Ineida Moniz, Bob Mascarenhas, o agrupamento de batucadeiras da Teresa Fernandes e o violinista Nho Nani que, entre outras figuras, deram azo à sua imaginação com interpretações de géneros que vão da morna à coladeiras, passando por funaná, batuco e cola zamba.  

Como “comes e bebes” para todos os gostos e bolsos, restaurantes, bares, rolotes, quiosques, casas comerciais, como as já conhecidas lojas chinesas estiveram abertas ao longo da Noite Branca, em que, a cor branca, obviamente, foi a tónica dominante, o batuco, género musical em ascensão em Cabo Verde teve um palco exclusivo na Rua Pedonal, onde grupos diversos animaram uma autêntica maratona cultural.

Apesar dos borrifos que, esta madrugada, se fez sentir na capital, onde o tempo esteve muito ameno, o público mostrou-se firme nos seus propósitos, para gáudio dos vendedores que se mostraram realizados pelos investimentos das suas mercadorias, tanta era a procura desde crianças, passando pelos jovens aos mais graúdos.

O público deu nota positiva à organização nestes dois dias de intensa actividade cultural que chegou mesmo a limitar a circulação dos automóveis na cidade pois, nas duas noites, o Plateau foi cortado ao trânsito, pois que, mais do que o engarrafamento em algumas das baixas da cidade, a máxima segurança foi eleita pela Polícia Nacional como a prioridade das prioridades.

Uma chamada de atenção notória é que nessas duas noites o público parece ter-se esquecido das regras impostas pela covid-19, já que as medidas de restrições para impedir o contacto, sobretudo o usos das máscaras, foram ignoradas, já que as poucas que eram usadas quase nunca cobriam a boca e o nariz.

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