A primeira reação natural quando deparamos com um caminho fechado é buscar no imediato uma alternativa possível. É claro, nem sempre estamos preparados para refletirmos com cautela sobre a qualidade e a verdadeira essência da decisão em resposta ao obstáculo que nos interpela. Agir no imediato, como mecanismo de defesa e fuga, é arriscado, podemos atropelar o processo natural do nosso crescimento, pondo em causa os resultados que pretendemos alcançar.
Podemos ainda fechar o ciclo que a própria realidade da situação nos proporcionaria como matéria de experiência e maturidade. Seremos prisioneiros da nossa própria incapacidade de administrar os desafios. O importante nessa fase é cuidar para não nos afundarmos num abismo ainda maior.
Poucas pessoas conseguem tirar das desvantagens mérito, dos obstáculos experiência, dos desencantos prazer. A fase mais importante na vida é quando compreendemos os desafios que ela nos apresenta no dia-a-dia. Quando compreendemos que a vida é dura, mas é necessário tirarmos as devidas lições de cada etapa enfrentada. Existe sem dúvida o processo psicopedagógico pessoal, a autoestima, o autoconhecimento.
Em geral, somos fatalistas diante dos obstáculos, achamos que tudo está perdido. Nada é completamente neutro. Sempre há um outro lado da moeda, não podemos criar um bloqueio pessoal da nossa própria realidade circunstancial.
O certo é parar e refletir, sem medo de recomeçar. Sem nos sentirmos massacrados, como se fôssemos os piores da espécie. A certeza que deve nos mover, o poder de uma esperança viva, nutrida com a mais pura consciência e liberdade de ser. Permanecer na zona da compensatoriedade não vai gerar resultados que gostaríamos, se assim for, estamos cavando novas impossibilidades, recalcando a nossa personalidade.
Prosseguir sem pressa, sem autopressão, caminhar na esfera da perseverança, lutar até às últimas, são atitudes que vão marcar a nossa nova e profícua marcha.
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