Cuidado quando a aparência fala mais alto do que a essência. Nunca vivemos numa sociedade de tanta aparência e imagem como hoje. Parece que o próprio sistema sociológico e filosófico nos incentiva a viver na base da aparência. Com isso, temos vindo a somar anomalias diversas no campo da saúde mental e espiritual.
Nada melhor para produzir boa saúde do que viver na essência. Isto significa que a pessoa não está sob o jugo dos resultados a todo o custo, não está sob o peso de querer provar que é ou que não é.
É o mal presente em nossa sociedade pós-moderna. Todo mundo quer provar alguma coisa, isto tem sido uma autêntica epidemia social. Ninguém quer ser autêntico. Na verdade, ser autêntico hoje é um perigo. Quem se arrisca a ser autêntico sofrerá represálias em vários domínios.
Assim sendo, é melhor sofrer, sendo autêntico, do que viver numa prisão emocional por toda a vida, sendo escravo de uma manipulação sistemática. Quando vivemos sob o jugo da necessidade compulsiva, em querer provar quem somos, acabamos por provar quem realmente não somos.
A doença do século XXI é a falta da essencialidade, marcada pela epidemia psíquica. Quando não desenvolvemos a sinceridade como um dos componentes da essência comportamental e do carácter, destruímos a nós mesmos, anulando a nossa inteligência. Causando um prejuízo enorme em nossa saúde mental e espiritual.
A própria essência da inteligência criativa e intelectual ficam em causa. Ninguém que deseja ter boa saúde mental e psicológica, deve viver sob os auspícios da ditadura da aparência. Vencer esse sistema social, individual e pessoal não é fácil, ultrapassá-lo é sinal de grande maturidade e progresso do saber.
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