Colunista

Recebo esta terça-feira, 19, uma notificação do tribunal da comarca da Praia (segundo juizo cível, auto numero 60-2021) e, confesso, não me espantei. Estava à espera dessa raivosa intentona.

Leio e releio a nota – o processo – e percebo que, afinal, não é o Santiago Magazine, nem seu director, o alvo. E sim o tiro é para atingir Manuel Alves, antigo oficial da PN, hoje na reforma, que ousou e bem trazer ao nosso saber que um ministro está sendo investigado por um suposto crime – o assassinato de Zezo Denti Doru – em que o próprio Ministério Púlibco o investiga, ele e todo o destacamento que terá liderado.

O MP continua a investigar esse caso – revelado por Santiago Magazine – e o nome do ministro está lá. Ainda que o queriam escamotear. Ainda que venham com testemunhas amigas. Ainda que ensaiem boleia nos tic-tics de colegas da secreta, que o são. No fim do dia é isto: o ministro Paulo Rocha é suspeito de matar um ser humano, seja ele ladrão, assassino a soldo ou carrasco. Ou seja, o problema não está por aqui, continua ali, nessa trupe que hoje me acusa num novo ataque à imprensa, ao sistema e à democracia. Húmus eles, digo de pronto e em consciência, porque há alguém matado que também merece respeito e consideração à familia.

Parágrafo extra:isto demonstra que tanto a PGR – que iniciou e defendeu sempre o ministro, na linha do Primeiro-ministro que, politicamente, o continua a sustentar  - tanto o ministro Paulo Rocha que tem amparo judicial e político, pretendem continuar essa saga de perseguição de quem se preocupa com a verdade e transparência. Enfim, já sabíamos disso, porque são menos óbvios. Siga os próximos capítulos.