...não aprendendo nada com os sinais de 01 de dezembro e com as conclusões do último estudo da Afrosondagem, a liderança do MpD age como se nada tivesse acontecido e, no próximo dia 11 de janeiro, a Direção Nacional do partido prepara-se para, mais uma vez, legitimar a liderança derrotada pelo voto popular. Tal é percetível na mensagem de ano novo aos militantes que Ulisses efetuou nas redes sociais.
No último dia deste ano, recordo que o primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro, pese embora a narrativa do crescimento da economia, têm dito, reiteradamente, que o País não está em condições de fazer aumentos salariais, com exceção (evidentemente!?) daqueles que já ganham acima de três dígitos e não seria justo receberem abaixo do que ganham alguns dos seus subalternos (vide os aumentos às lideranças do Banco de Cabo Verde) …
É um argumento pífio e uma provocação aos pobres!
Justo?! E é justo que a esmagadora maioria da população ganhe uma miséria, com o preço dos bens de primeira necessidade a crescer praticamente todos os meses?
Mais do mesmo
À entrada de 2025, está visto que vamos ter mais do mesmo, apesar de haver “dinheiro que nunca mais acaba”. Pelo que é previsível um crescendo da contestação social, fazendo cama ao conjeturável segundo descalabro nas eleições legislativas de 2026.
Tem sido claro a quem serve este governo! Serve os ricos, os que já têm a maior fatia do bolo, ao mesmo tempo que confunde justiça social com assistencialismo, a pretexto de, aparentemente, o discurso oficial ser de sentido contrário.
Mas, para além do argumento sem pés nem cabeça e da provocação aos pobres, o governo, por absoluta burrice, tem aberto a porta a uma contestação social generalizada e deu instrumentos de retórica à oposição, contribuindo para o desgaste do governo e tendo como consequência o descalabro eleitoral de 01 de dezembro.
Direção Nacional prepara-se para legitimar liderança derrotada
Entretanto, não aprendendo nada com os sinais de 01 de dezembro e com as conclusões do último estudo da Afrosondagem, a liderança do MpD age como se nada tivesse acontecido e, no próximo dia 11 de janeiro, a Direção Nacional do partido prepara-se para, mais uma vez, legitimar a liderança derrotada pelo voto popular. Tal é percetível na mensagem de ano novo aos militantes que Ulisses efetuou nas redes sociais.
Em matéria partidária, vamos ter, também em 2025, mais do mesmo, com a cumplicidade da oposição interna “veiguista” (que de oposição nunca teve nada), mais preocupada com cargos e prebendas do que com princípios.
O caminho da derrota
A perpetuação da estratégia até agora seguida pela liderança ventoinha só pode abrir caminho para uma derrota ainda mais estrondosa em 2026. É uma obviedade entendível por toda a gente que tenha um número razoável de neurónios.
Está visto: Ulisses e Olavo, mais seus pares e prosélitos, são os génios maiores da política crioula de todos os tempos…
Comentários