Cabo Verde, neste ano atípico de 2020, devia apresentar um “relatório” que poderíamos chamar, de “progresso”, para o cumprimento da Agenda 2030, que permitiria, avaliar a acção dos executivos cabo-verdianos nos seus diferentes níveis, administrações central e local, em relação aos compromissos que foram assumidos conjuntamente com os mais 192 países das Nações Unidas em 2015, quando esta nação ilhas, subscreveu o quadro global “Agenda 2030” para alcançar seu desenvolvimento sustentável…!!
O relatório apresentaria á nação cabo-verdiana uma análise real, mas abrangente que ajudaria a saber ou fazer conhecer qual é a situação actual dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), avaliando o seu cumprimento em Cabo Verde permitindo ao arquipélago nação enfrentar as incertezas, com uma estratégia que permite “(re)construir o futuro”, a partir das metas definidas na Agenda 2030…
A pandemia Covid-19, paralisou o mundo inteiro e afetou seguramente o cumprimento integral da agenda. Quer queiramos quer não os ODS devem ser readequados á nova situação de vivência socioeconómica cabo-verdiana… A saúde da população, nas nove ilhas habitadas e suas condições económicas foram seriamente degradadas pela crise e queremos enfrentar todos em qualquer das ilhas de Cabo Verde um futuro que queremos que seja de “optimismo” e numa perspectiva de “(re)construção” como oportunidade de fazer “emergir”, desta feita, um modelo diferente orientado para a inclusão e justiça social em todas as nove ilhas habitadas deste arquipélago do atlântico médio …
Esta responsabilização a nível do governo (central e local) é relevante… a maioria da população vive na pobreza e nos bairros periféricos as condições socioeconómicas ficaram piores, mas é verdade que o governo central agarrou-se á uma “política social circunstancial” para reverter esta situação de curto prazo…
A crise da pandemia sanitária que é também profundamente social e económica somou mais “prejuízos” aos já nossos conhecidos desafios de enorme desigualdade social e não devemos subestimar a emergência climática que nos assola como pequeno pais insular desprovido de recursos naturais, obrigado a importar 90% dos produtos que consumimos para o nosso “existencialismo”…
O plano contingência luta conta a crise sanitária em Cabo Verde, deverá ser reconhecida como passos para cumprir a Agenda 2030 direcionando e instalando medidas emergenciais de proteção ao emprego, aumento do salario mínimo, fortalecimento do sistema de saúde em todas as ilhas garantir sobrevivência ás pequenas e médias empresas,… etc.
É necessário também, actuar com mais firmeza na prevenção e luta contra a pobreza, a exclusão social, a desigualdade de género e a exclusão social, integração da juventude em todas as ilhas e nos vinte e dois municípios…
Sabemos que existe o Plano de Promoção da Economia de Cabo Verde pós-pandemia de Covid-19, baseado numa série de propostas e iniciativas de vários grupos de trabalhos, quadros nacionais que trabalharam dimensões diferentes referentes aos factores de “uma economia circular”… imaginem as diferentes etapas para o processamento e obtenção de um produto qualquer, começando pela produção até a gestão final dos resíduos…
Cabo Verde, para construir o futuro tem a obrigação de criar condições de participação activa da sua Diáspora, a décima primeira ilha deste arquipélago da morabeza. Os filhos destas ilhas, na diáspora contribuíram sempre na afirmação de “quem somos”, como construção colectiva. O papel socioeconómico e cultural, da Diáspora no processo do Desenvolvimento Sustentável, excede o emocional e emerge o estratégico, influenciador positivo do crescimento inclusivo de Cabo Verde.
As remessas da emigração cabo-verdiana, superaram os valores do investimento externo (IDE) e as receitas do turismo em 2018 (dados da INE). Neste tempo de crise, o país, deve investir mais nos seus filhos e contar menos com a ajuda e cooperação internacional...
Cabo Verde deve identificar mais e melhor todo em colocando, em posição de destaque, a acção da sua diáspora no socioeconómico e cultural, para que dentro e fora do país, todos os cidadãos possam compreender, o valor relacional tanto da diáspora tradicional como as novas formas de emigração tais como a dos atletas desportivos, artistas musicais, escritores e outros…na criação de um futuro inclusivo, para o povo destas ilhas…
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