Às portas de Outubro, mês tradicionalmente dedicado às primeiras colheitas, as perspectivas para o ano agrícola de 2017 não são favoráveis. A falta de chuvas durante o mês de Setembro está a causar perda das culturas, principalmente nas zonas litorais e semiáridas.
De acordo com o Boletim Azágua do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) a humidade do solo é baixa em todas as zonas, o que está a condicionar o desenvolvimento do milho e dos feijões.
A ilha do Fogo é a que apresenta melhores perspetivas. Apesar da baixa humidade do solo, o MAA adianta que o milho se encontra nas fases de floração e frutificação e os feijões na fase de ramificação, havendo já alguma produção de sapatinha em todos os municípios dessa ilha.
A falta de chuvas está também a condicionar o desenvolvimento do pasto, além do estado nutricional dos animais.
Praga da Lagarta-do-cartucho do milho aumenta de proporções
Outra má notícia para este ano agrícola é o aumento da propagação das pragas. O ataque da lagarta-do-cartucho do milho regista-se em várias ilhas, com maior intensidade nas ilhas de Santiago, Fogo e Santo Antão. Registam-se também a presença do gafanhoto nas ilhas de Santiago e Boavista e do percevejo verde nas ilhas de São Vicente e Brava.
O Ministério da Agricultura avança que os tratamentos contra a lagarta-do-cartucho estão em curso, em várias ilhas, mas que serão suspensas caso as culturas se mantiveram enfraquecidas pela falta de chuva.
Já os focos do gafanhoto estão a ser tratados com iscos envenenados. Quanto ao percevejo verde, “os focos observados estavam dispersos e não justificavam tratamentos”, conforme explica o MAA.
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