A Universidade de Santiago (US), em Santa Catarina, vai neste ano lectivo 2021/22 apostar na diversificação do ensino pós-graduação e na consolidação dos 13 cursos de licenciaturas já existentes.
A informação foi avançada à Inforpress pelo chefe do Departamento de Ciências da Educação, Filosofia e Letras (DCEFL), Luís Rodrigues, a propósito do arranque do novo ano lectivo naquela instituição, aprazado para 11 de Outubro próximo.
Para este ano lectivo, o académico destacou um crescimento em termos de números de alunos face ao ano anterior, ou seja, 150 inscritos para este ano, o dobro em relação ao período homólogo do ano passado.
Segundo disse, para o ano lectivo 2021/22 a US vai manter os 13 cursos de licenciatura existentes, nomeadamente Direito, Enfermagem, Gestão de Empresas, Engenharia Informática, Gestão de Recursos Humanos, Nutrição e Qualidade Alimentar, Jornalismo e Comunicação Empresarial, Estudos Ingleses, Ciências da Educação, Marketing e Multimédia, Gestão de Hotelaria e Turismo, Psicologia Social e das Organizações, Relações Publicas e Comunicação Empresarial.
Conforme explicou, a US decidiu manter esses cursos de licenciatura numa perspectiva de consolidação e na crença de que tem uma oferta “bastante vasta e diversificada” e que tem ido ao encontro das necessidades do mercado de trabalho e do interesse dos novos alunos.
Já a nível dos mestrados, além dos seis já existentes, Ciências Empresariais, Enfermagem em Saúde Materno-Infantil, Gestão de Recursos Humanos, Pedagogia, Políticas Públicas e Desenvolvimento Local e Português como Língua Segunda, Luís Rodrigues adiantou que vão apostar nos de Direito do Trabalho das Empresas, História de África e da Diáspora Africana e Saúde Mental e Comunitária.
No entanto, o chefe do DCEFL informou que os três novos cursos de mestrados estão a aguardar a aprovação da Agência Reguladora do Ensino Superior (ARES).
Além da aposta na diversificação do ensino pós-graduação e na consolidação dos 13 cursos de licenciatura, Luís Rodrigues adiantou que para este ano lectivo vão continuar a apostar no “crescimento e fortalecimento” da US Virtual.
“A US Virtual é aquela parte dentro da universidade que se preocupa, sobretudo com os alunos que estão à distância. Não significa isto que seja o ensino à distância, mas o que temos é um ensino mediado por tecnologias que permite aos alunos, quer estejam aqui na ilha de Santiago, quer estejam noutras ilhas, e inclusivamente fora do País, assistir e participar nas aulas em regime de videoconferência em tempo real usando outras plataformas como o ‘Modler’, o nosso portal académico”, aclarou.
A US Virtual, lembrou, iniciou em 2017 com o complemento de licenciatura em Enfermagem, em parceria com o Ministério da Saúde, mas, no entanto, reconheceu que a pandemia veio fazer com que acelerassem este projecto fazendo um “investimento enorme” em termos tecnológicos.
Nesse sentido, assegurou que todas as salas de aula estão equipadas com tudo aquilo que são necessários para que as aulas decorram em regime de videoconferência.
A US Virtual, acrescentou, fez aumentar o número de alunos em relação ao ano lectivo 2019/2020, tendo prevendo a mesma tendência para 2021/2022.
É que, segundo Luís Rodrigues, esta plataforma de videoconferência tem dado oportunidades para muitas pessoas que por razões familiares ou profissionais não podem abandonar as suas ilhas para estudar, por exemplo em Santiago, e tem “abrindo portas” à diáspora cabo-verdiana e a próprio Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Dos 13 cursos de licenciatura todos têm tido procura, com destaque para Direito, Enfermagem, Psicologia, e Estudos Ingleses.
A nível dos mestrados Pedagogia, Políticas Públicas e Desenvolvimento Local, Ciências empresariais têm dado uma grande pujança a nível do interesse dos alunos.
Na ocasião, mostrou-se convicto que os 13 cursos de licenciaturas e os nove mestrados vão ser abertos nos Campus de Bolanha, Assomada, e no Campus da Praia, Seminário São José, explicando, no entanto, que Nutrição e Qualidade Alimentar e Enfermagem são os cursos que funcionam apenas no Campus da Bolanha, por ali estar instalado o laboratório.
Tendo em conta, que segundo ele, os Cursos de Estudos Superiores Profissionalizantes (CESP) não têm tido “tanto interesse” por parte dos alunos, informou que a US de momento, só tem aberto o de Educação de Infância.
Para além do ensino (licenciatura, CESP e pós-graduação), a Universidade de Santiago também conta com os pilares de pesquisa e extensões, que considerou “ indissociáveis” das quais a US, mesmo em tempos de pandemia, procurou “nunca abdicar” dos mesmos.
No pilar extensão, Luís Rodrigues explicou que o mesmo consiste em dois “grandes eixos” o de carris académico e acções nas comunidades, mas que por questão de saúde tiveram que “reinventar”.
O mesmo aconteceu com o pilar de pesquisa, que, mesmo em tempos da pandemia, não pararam e, sob a coordenação do professor Nadir Sousa terminaram um estudo sobre “O impacto de covid-19 em Cabo Verde” e “O impacto de covid-19 na área da Educação”.
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