O arquivista Adelino Moreno, funcionário da Assembleia Nacional, deu início na manhã de hoje a uma greve de fome como forma de protesto pelo descumprimento de seus direitos laborais. Moreno entende estar sofrendo injúrias por parte da administração do órgão, que tem-no impedido de exercer suas funções para as quais está devidamente capacitado.
Segundo apurou Santiago Magazine, Adelino Moreno, que se encontra sentado à entrada da Assembleia Nacional, queixa-se de ter passado vários meses em casa sem receber salário algum e, mesmo após retornar ao trabalho, não lhe foi atribuído um local específico nem qualquer função fixa. Para sua surpresa, chegou a ser designado para trabalhos como jardineiro e ajudante de canalizador, actividades que estão completamente fora de suas atribuições como arquivista.
A greve de fome teve início hoje, dia 28 de Junho, coincidindo com o início da segunda sessão plenária do parlamento cabo-verdiano neste mês. Este funcionário espera, segundo uma fonte próxima, chamar a atenção das autoridades competentes para sua situação precária e para a “falta de respeito” com a qual vem sendo tratado pela administração da Assembleia Nacional.
“A decisão de realizar uma greve de fome foi difícil, porém necessária, uma vez que todas as tentativas de diálogo e negociação com a administração não obtiveram resultados satisfatórios. Ele busca uma solução imediata para seus problemas e exige o cumprimento de seus direitos laborais”, contou um fonte conhecedora do processo.
O mesmo interlocutor disse ainda esperar que a Assembleia Nacional de Cabo Verde, como órgão representativo do povo, tome medidas urgentes para garantir que Adelino e outros funcionários sejam tratados com respeito e justiça, proporcionando um ambiente de trabalho adequado e o cumprimento de seus direitos laborais.
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