O Siprofis celebrou com “enorme satisfação” a votação global final da proposta do PCFR – Estatuto do Pessoal Docente, destacando o consenso unânime alcançado entre os deputados na Assembleia Nacional”, no Dia Internacional da Educação.
O Sindicato dos Professores de Cabo Verde (Siprofis) enalteceu o facto do diploma ter sido aprovado “sem votos contra”, e afirmou que “este diploma representa um marco histórico para os professores, simbolizando reconhecimento pelo papel fundamental que desempenham no desenvolvimento do sistema educativo cabo-verdiano”.
“O PCFR é um estatuto especial dos professores, conforme estabelecido no artigo 1.º do diploma, em alinhamento com os artigos 113.º e 114.º da Lei de Bases do Emprego Público e em estrito cumprimento do artigo 70.º da Lei de Bases do Sistema Educativo”, lê-se na nota de imprensa enviada à Inforpress.
Entre os avanços conquistados, ressalva a missiva, os principais ganhos para os professores:
incluem-se revisão e aumento salarial, sendo que licenciados passam de 78.000$00 para 91.000$00, não licenciados de 24.000$00 para 55.000$00, educadores de infância passam a ter 73.000$00 para os licenciados e 37.000$00 para os não licenciados.
O Siprofis, segundo o seu dirigente máximo, Abraão Borges, ressalva ainda os ganhos em matéria de promoções automáticas e regularização de pendências, evolução na carreira, com o incremento salarial por mudança de nível passa de 2.000$00 para 5.000$00, com possibilidade de atingir 136.000$00 no topo da carreira.
Sublinha ainda a valorização de graus académicos, com bonificação de créditos de desempenho a aumentar para 210 (mestres) e 280 (doutores), acelerando a progressão na carreira e o subsídio incluído na pensão de aposentação.
Siprofis reforçou um “apelo enfático ao Presidente da República, para que promulgue o PCFR com a máxima urgência”, alegando que “cada dia de espera mantém os professores numa situação de incerteza e adia os benefícios que este estatuto trará para a classe docente e, consequentemente, para a qualidade do ensino no país”.
“Este documento é uma vitória fruto de anos de luta e diálogo, mas apenas será efectivo com a sua promulgação. O Siprofis confia na sensibilidade do Presidente da República para dar este passo decisivo, eliminando a ansiedade da classe docente e fortalecendo a confiança no sistema político e no compromisso com a educação”, escreve a missiva.
O Siprofis, especifica, reconhece que, embora nem todas as propostas tenham sido atendidas de imediato, esta proposta representa um passo crucial, realçando que "mais vale um pássaro na mão do que dois a voar".
“A luta continua, e o objectivo maior – uma educação de qualidade – será alcançado com a união e o esforço de todos”, rematou Borges.
Comentários
pedro amado+, 27 de Jan de 2025
Visto que os partidos de oposição opinaram peoa obstença,entendo que não houve consenso nenhum.
O senhor,e ninguém tem de dar ordens ao oresidente da républica para promulgar o estatuto em referecia.
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Luísa, 27 de Jan de 2025
Pois, concordo consigo Abrãao, mas não é apenas esse estatuto que vai trazer a tal qualidade da educação, que continua na rua da amargura com esse ministro e sua equipa, que privilegiou a burocracia partidária em vez da capacidade técnica.
Como é possível que em pleno 2025 dezenas de professores passam 3, 4, 5 meses sem receber o seu salário? E pior que isso, esse mesmo ministro diz ser normal porque isso aconteceu "sempre", "não é de agora".
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