O Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) vai anunciar na próxima semana mais uma greve dos professores e apela a toda a classe a não iniciar o arranque do ano lectivo 2024/2025, previsto para o próximo dia 16.
O apelo foi feito hoje pelo presidente do Sindep, Jorge Cardoso, em conferência de imprensa convocada para reagir ao veto do Presidente da República, do decreto-lei do Governo sobre o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações do pessoal docente (PCFR).
Na ocasião aproveitou para apelar a todas as organizações sindicais e a todos os professores à união e coesão, e em especial aos seus associados a juntarem-se nesta luta da classe docente de forma coesa.
Aproveitou para mais uma vez denunciar o “descaso” do Governo na pessoa do ministro da Educação de “continuar a enganar” os professores quanto ao pagamento dos subsídios pela não redução de carga horária de 2007 a esta parte de que a publicação seria até ao final de Junho e passados dois meses ainda nada.
O que demonstra, segundo o sindicalista, mais uma vez a “conversa fiada” em vez de compromissos.
“Caso o Governo manter essa postura de arrogância ditatorial e de extremismo o apelo vai no sentido de todos os professores a não iniciarem o arranque do ano lectivo previsto para o próximo dia 16”, precisou, informando que este sindicato vai anunciar na próxima semana a greve dos professores no início do ano lectivo que espera contar com adesão dos demais professores filiados nos outros sindicatos.
O Presidente da República, José Maria Neves, vetou na quarta-feira, 04, o decreto-lei do Governo que aprova o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) do pessoal docente, solicitando uma nova apreciação do diploma, para satisfação dos sindicatos.
Os sindicatos representativos dos professores, nomeadamente o Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), e o Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) congratularam-se com esta decisão justificando que a proposta do diploma apresentado pelo Governo “não satisfaz a classe e as suas reivindicações”.
Em reacção o Governo considerou que a decisão do Presidente da República representa um “duro golpe” para a valorização dos profissionais, apelando que o mesmo reconsidere e promulgue este PCFR.
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