É a segunda vez, no espaço de dois meses, que o edifício-sede do maior partido da oposição é alvo de ataques de vândalos. O acto desta terça-feira, perpetrado na ala onde estão o Gabinete da presidente e do secretário-geral do partido, também já foi reportado à polícia, mas ainda não há sinal dos autores.
Em comunicado, o PAICV começa por sublinhar o facto de a distância entre os dois vandalismo ser apenas de dois meses, mostrando a sua estranheza pelo facto de ainda não se ter encontrado os autores desses actos cometidos em plena luz do dia.
"A Sede (do PAICV) já foi alvo de actos de vandalismo, por duas vezes. O primeiro acto ocorreu no final do mês de Maio deste ano, e o segundo ocorreu hoje. Naturalmente, essa situação põe em causa a segurança das instalações da Sede Nacional do maior Partido da Oposição – o PAICV – localizadas no Plateau, Cidade da Praia, capital do País", lê-se na nota assinada pelo secretário geral do partido, Julião Varela.
O mesmo salienta que "é, igualmente, preocupante o facto de esses actos terem sido, duas vezes, praticados no mesmo lugar, ou seja, sempre num espaço contíguo ao dos Gabinetes da Presidente do Partido – e onde ela costuma trabalhar – e do Secretário-Geral do Partido".
"Aquando do primeiro acto de vandalismo, ocorrido a 31 de Maio de 2019, foi apresentada uma queixa às Autoridades, sem que, até esta data, o Partido tenha tomado conhecimento se foi feita alguma diligência ou demarche, no sentido de serem identificados os autores e as suas motivações, para a sua consequente responsabilização, nos termos da lei. O segundo acto aconteceu hoje – 16 de Julho - em circunstâncias idênticas e a competente queixa já foi apresentada novamente e, mais uma vez, às Autoridades. Convém dizer que esses actos aconteceram em plena luz do dia", informa o partido tambarina, que traz à baila a localização da sua sede para mostrar o descaso que parece estar a haver na resolução desses actos.
"Devemos salientar, que a Sede do PAICV está localizada a poucos metros seja do Liceu Domingos Ramos, seja da Embaixada dos Estados Unidos da América, seja da Residência do Cardeal e Bispo da Diocese de Santiago, seja do Tribunal Fiscal e Aduaneiro. Pela localização da Sede Nacional do PAICV, e considerando todo o sistema de video-vigilância anunciado na Capital do País, não se compreende por que razão, passados quase dois meses, não se conseguiu, ainda, descobrir o prevaricador desse acto de vandalismo, ao ponto de já se ter praticado um segundo acto em tão curto espaço de tempo".
O PAICV, com esta denúncia, quer "apelar à responsabilidade das autoridades, no sentido de cumprirem as suas obrigações, mantendo os níveis necessários de segurança das pessoas e das instituições, para não pôr em perigo a integridade física dos que, a elas, se deslocam ou que, por elas, passam".
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