Sociedade

Segundo Débora Katiza Carvalho, que falava à Inforpress a propósito do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, muitas vezes esse tipo de trabalho é feito de maneira “informal e não assumido”.

Pelo que, considerou, é preciso estar atento a esses sinais que a sociedade está a aceitar “sob um chapéu de ajuda social”.

“Nós temos que alertar para uma situação e vemos isso nas nossas comunidades que são crianças e adolescentes a lavar carros”, considerou a mesma fonte, que pediu aos clientes e cidadãos a questionar se ao oferecerem um trabalho a essas crianças se realmente estão a contribuir para que ela saia da rua e volte para a escola e se está a conduzi-la para o âmbito da família.

“A nossa actuação enquanto cidadão também devem-nos levar à reflexão”, reforçou.

Para a primeira-dama, “muitas vezes” há trabalho infantil porque “a estrutura familiar não colabora para que a criança esteja no ambiente familiar estável ou na escola”.

No entanto, lembrou que não se pode confundir o trabalho remuneratório com o exercício equitativo das tarefas domésticas que, segundo a mesma, se executados de acordo com a idade da criança, servem para ir educando e formando cidadãos inclusivos que respeitam a igualdade dos géneros.

“Outra questão, que também não podemos descurar, que contribui para a educação, nomeadamente a nível do género, é começarmos desde cedo a mostrar também aos nossos rapazes como é que esta igualdade de género se traduz nos trabalhos a nível da nossa vida familiar e doméstico”, sustentou Débora Katiza Carvalho.

O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é celebrado anualmente a 12 de Junho sob a égide da Organização Internacional do Trabalho, desde o ano de 2002, em que foi apresentado o primeiro relatório global sobre o trabalho infantil.

Este dia procura promover a consciencialização sobre as questões relacionadas com o trabalho infantil, assim como desenvolver ações e esforços para eliminá-lo.