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Polícia Judiciária diz que o caso de Nina e Filú se encontra no Ministério Público para apreciação
Sociedade

Polícia Judiciária diz que o caso de Nina e Filú se encontra no Ministério Público para apreciação

A Polícia Judiciária (PJ) garantiu à Inforpress que o caso do desaparecimento dos primos Nina e Filú já se encontra no Ministério Público para apreciação à semelhança dos outros que são delegadas competências de investigação à PJ.

Em nota remetida à Redacção da Inforpress, por escrito, a Assessoria de Comunicação e Imagem da polícia científica cabo-verdiana lembrou que cabe ao Ministério Público, enquanto titular da acção penal, fazer a “apreciação e promoção de qualquer proposta da PJ no âmbito dos processos investigados por esta polícia”. 

Entretanto, esta mesma assessoria admitiu que os processos relativos ao desaparecimento de Sandro Mendes (Filú) e Clarisse Mendes (Nina) “se encontram ainda em investigação”.

Instada se os pais e familiares têm sido mantidos a par do que está a acontecer em matéria de investigação, a PJ esclareceu que os mesmos “não têm acesso às informações processuais”, por se tratar de “processos em fase de instrução/ investigação sob segredo de justiça e que exigem sigilo”.

“Momento oportuno os mesmos [pais e familiares] poderão ser contactados”, concluiu a mesma fonte, acrescentando que “não há um tempo exacto para investigação de casos complexos como estes”.

“As diligências de recolha de prova continuam e só há encerramento quando os factos que deram origem aos processos estiverem esclarecidos ou as crianças forem encontradas”, concluiu.

Em 04 de Junho do ano passado, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de Presidente da República, em declarações à Inforpress, admitiu que independentemente das reservas que são “legítimas”, quando se faz uma investigação, nomeadamente no caso de crianças desaparecidas, os familiares devem ser mantidos informados sobre o decorrer do processo.

Tem circulado nas redes sociais que as crianças desaparecidas em Cabo Verde estão nos EUA. Perguntada se a PJ tem levado em linha de conta esta “denúncia” para eventuais investigações no além-fronteira, claro, em colaboração com a polícia local, a polícia científica respondeu que na investigação “não se deve ignorar nada” e que “tudo deve ser esclarecido e apurado.

“Há necessidade de confirmar a veracidade destas denúncias que circulam nas redes sociais sobre o desaparecimento de crianças em Cabo Verde e a PJ está a fazê-la”, garantiu a fonte da Inforpress.

Sobre o mais recente caso de uma eventual tentativa de rapto de um adolescente em Ponta d’Água, a PJ confirmou que a mãe do rapaz denunciou o acontecimento e que “o mesmo se encontra em investigação”.

“A PJ está a fazer o seu trabalho em articulação com a Polícia Nacional de modo a confirmar a veracidade dessa denúncia”, informou a Assessoria de Comunicação e Imagem da Polícia Judiciária.

Ainda sobre este mesmo assunto, Ana Rosa Lopes dos Santos, mãe do adolescente Elvis dos Santos Veiga, alvo de suposta tentativa de rapto no dia 30 de Janeiro, afiançou à Inforpress que o filho saiu de casa, por volta das dez horas, para ir à catequese e no caminho surgiram umas pessoas que lhe pediram para lhes comprar uma garrafa de água.

“Ele disse-me que foi abordado por um cidadão cabo-verdiano que lhe deu 200 escudos para lhe comprar uma garrafa de água. Depois de entregar a garrafa de água, agarram-no pelo braço, colocaram-no dentro do carro e taparam-no a boca”, conta a mãe, garantindo que o filho lhe confidenciou que, depois de lhe terem tapado a boca e o nariz, nada mais sentiu.

A mãe do adolescente acredita que o filho foi obrigado a inalar algum produto que fez com que perdesse o sentido.

O desaparecimento de Nina e Filú aconteceu quando saíram de casa, em Achada Limpa, Cidade da Praia, para comprar açúcar, a pedido da avó Marcelina Lopes (Bianina), em Água Funda, na Cidade da Praia, e não regressaram, deixando em lágrimas os pais e os familiares.  

Arlinda Mendes Cabral (Isa), mãe do Filú, afiançou recentemente à Inforpress que os familiares ainda acreditam que os dois primos estão vivos e que um dia voltarão à casa.

Em 28 de Agosto de 2017, Edine Jandira Robalo Lopes Soares, 19 anos, deixou a casa em Achada Grande Frente (Praia) alegando que ia levar o bebé para o controlo no PMI (Programa Materno-Infantil), na Fazenda, Cidade da Praia. Mãe e filho nunca mais foram vistos.

No dia 13 de Julho de 2021, o jovem Ismael Silva saiu de casa e o seu paradeiro continua desconhecido.

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