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Perspectiva do género deve marcar presença em todas as etapas da política pública cabo-verdiana
Política

Perspectiva do género deve marcar presença em todas as etapas da política pública cabo-verdiana

No comércio informal, as mulheres em Cabo Verde devem ser as operadoras maioritárias e creio que os resultados do censo geral da população realizado no ano de 2021 irão confirmar, esta posição económica das mulheres. Em todo o caso em todas as nove ilhas habitadas elas têm maior visibilidade nos processos de auto emprego e formalização de pequenos e médios negócios e elas são capazes de e estão melhorando as economias locais. Graças a essas e outras dinâmicas todas as regiões e localidades de todas as ilhas poderão beneficiar-se de um “real” desenvolvimento econômico se esta nação sem recursos levar á frente, a vontade politica e ideia de redobrar esforços necessarios para materializar a meta de inclusão das mulheres nos processos de “tomada de decisão” e de negócios.

“ … para Bruna, Lisa, Mira e á pequena e simpática Nova …”

Um “projecto ou plano objectivo inclusivo de desenvolvimento” de Cabo Verde para atingir os devidos efeitos de sua materialização ou provocar uma mudança transformadora, deve ser orientada frontalmente para todas as “regiões e periferias das ilhas habitadas”. Somos uma entidade “arquipélago nação”, organizada geoestratégicamente em dois grupos e ponto importante, esse “ projecto ou plano de desenvolvimento global”, deverá sobretudo e necessariamente, colocar a “igualdade de gênero” no centro de todas as suas estratégias e inovações, permitindo-nos posicionar como país, exemplo e modelo, internacional, onde as mulheres, e homens, têm voz e direitos iguais; beneficiando-se das mesmas oportunidades; e vivendo gozando da mesma segurança e proteção em todas as areas sociais, económicas, politicas, educacional, saúde e etc... A iniciativa de inclusão das políticas de género no “processo de mudança socioeconómico” alem de ser garante de, inclusão de uma perspectiva interseccional na política cabo-verdiana deve ser vista e entendida como vontade política decisiva para que a mais que “desejada mudança transformadora” desta nação arquipelágica, seja alcançada em todas as nove ilhas habitadas e em beneficio da população.

Este ensaio, faz parte “suite”, embora com novo título, da reflexão publicada anteriormentel: “Descentralização ou produto de cooperação de proximidade com o Poder Local”. Nesta segunda parte, aprofundamos a noção política do género ou “postulados do feminismo a cabo-verdiano”, mas abrangendo mais qualidade que quantidade, por não termos tido acesso a dados estatísticos, chegando mesmo assim á conclusão e afirmação que a construção e o estudo ou análise do Estado, em matéria de “igualdade de género” e ainda mais alargadamente, no sistema internacional não são genéricamente neutros.

De facto, conceitos internacionais como guerra, interesse nacional, força militar e outros dominios sociais, estão carregados de masculinidades e de descriminações, cito exemplos justificativos: as decisões sobre conflitos, alteração climática, comércio, migração, meio ambiente, entre outros; podem ser tomadas do ponto de vista de “igualdade de género”, como “visão tendenciosa” que exclui, não apenas as mulheres, mas, também deficientes, pessoas idosas, etc.

É facil e como vêm é possivel destacar que a descriminação do gênero por si só é insuficiente para explicar o amplo espectro de injustiças decorrentes das estruturas mencionadas; daí a importância da interseccionalidade, pois, em Cabo Verde, pais pequeno e jovem há espaço para todos os seus filhos os residentes como os sempre solidarios na diáspora e devemos criar oportunidades para todos, elevando: a dignidade humana e questionar o patriarcado existente que entre nós, é mais que evidente... a integração de gênero implica tornar o “gênero” como uma variável em qualquer projecto, sob a premissa de que praticamente, observando o cabo-verdiano no dia-a-dia, chega-se á conclusão que no “existencialismo da caboverdianidade”, ninguém é neutro em termos de gênero, e corre-se o risco de se perpetuar a desigualdade, por isso nestas nove ilhas habitadas as leis da área, devem ser cabalmente cumpridas e a perspectiva de gênero deve marcar presença em cada uma das etapas da política pública cabo-verdiana.

A incorporação de uma visão “feminista” na política do Estado não implica apenas a introdução de um corpo normativo de reorientação da prática política ligada aos princípios éticos de paz, justiça global, direitos humanos e desenvolvimento sustentável, reforçamos a ideia que neste arquipélago, quando falamos sobre a “política feminista”, referimos nos à ideia de posicionar a igualdade de gênero como verdadeiro objectivo estratégico para o desenvolvimento socioeconómico.

Esta ação e necessidade de mudança de mentalidade, sempre fez-se ver necessária em todas as regiões e localidades, do país, justificando o simbolismo da crença na afirmação que reza que as mulheres são a outra metade do homem e consequentemente, melhorando as situaçãoes delas significa, melhorar o socioeconómico beneficiando a sociedade como um todo.

Em todas as areas e frentes como pais moderno, que é, Cabo Verde não devia esperar mais tempo para criar verdadeiras condições e vontade política de encaminhar seus próprios propósitos e nunca é de mais, insistir na ideia, para materializar, tanto que possivel os (ODS), “Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 da ONU”, pois estão vocacionados e centralizados nas pessoas e enfatizam que, as mulheres devem ter as mesmas oportunidades que os homens no que tange e diz respeito ao sucesso.

No comércio informal, as mulheres em Cabo Verde devem ser as operadoras maioritárias e creio que os resultados do censo geral da população realizado no ano de 2021 irão confirmar, esta posição económica das mulheres. Em todo o caso em todas as nove ilhas habitadas elas têm maior visibilidade nos processos de auto emprego e formalização de pequenos e médios negócios e elas são capazes de e estão melhorando as economias locais. Graças a essas e outras dinâmicas todas as regiões e localidades de todas as ilhas poderão beneficiar-se de um “real” desenvolvimento econômico se esta nação sem recursos levar á frente, a vontade politica e ideia de redobrar esforços necessarios para materializar a meta de inclusão das mulheres nos processos de “tomada de decisão” e de negócios.

“… Vacine contra Covid -19 e salve Cabo Verde …”

miljvdav@gmail.com

 

 

 

 

 

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