MpD preocupado com resultados de estudo sobre violência no meio escolar
Sociedade

MpD preocupado com resultados de estudo sobre violência no meio escolar

O MpD manifestou-se preocupado esta segunda-feira com os resultados do estudo sobre violência no meio escolar divulgado na sexta-feira passada pela Uni-CV, e que apontam que as agressões físicas, verbais e cibernética sobretudo escolas secundárias são mais comuns e alargadas do que se acredita.

De acordo com o estudo feito pela Uni-CV, e financiado pela Organização das Nações Unidas (PNUD), 21, 9% dos docentes e 42% dos alunos das escolas secundárias de Cabo Verde (foi inquirida a população docente e discente de Santago Sul e Norte, Maio, Boa Vista e S. Nicolau) já foram vítimas de violência; e 26, 9 % dos alunos admitiu que já praticou violência.

“Nem o MpD – Movimento para a Democracia, nem o governo que suportamos, nem as escolas, nem as famílias e a sociedade podemos tolerar os resultados demonstrados pelo dito estudo”, declarou Celeste Fonseca, deputada nacional e membro da CPN do MpD (Foto), para quem a violência deve ser “veementemente” repudiada, “seja de que tipo for, e venha do quadrante que vier. A violência não pode ser encarada de ânimo leve, não podemos permitir a sua banalização”.

Segundo Celeste Fortes, o MPD defende que “a escola deve ser um lugar seguro para alunos, professores, funcionários”, daí que “é importante que cada um de nós – escola, família e comunidades - dê o seu contributo para a criação de laços de solidariedade entre a comunidade estudantil, que cada um de nós forneça subsídios para o exercício da cidadania e para uma vivência ética dos estudantes em sociedade”.

Ademais, disse a deputada nacional pelo MPD, “a violência – seja ela física, verbal, moral, contra o património da escola e dos professores ou o cyber bulling - não é, definitivamente uma característica do povo cabo-verdiano e, por isso, no que depender de nós, MpD, não se vai enraizar na nossa sociedade”.

O combate a esta prática, afirma Celeste Fortes, deve, no entanto, passar

“menos na repressão e mais num projeto político – pedagógico no qual devem estar envolvidos a família, enquanto instituição social mais relevante no seu papel educador, fiscalizador e acalentador, a comunidade e o poder político, para que as ações já em curso sejam reforçadas, com vista à minimização do problema”.

Neste âmbito, avançou Fortes, “o governo do MPD vem, agindo, particularmente ao nível do ministério da educação e do ministério da família e inclusão social com uma série de medidas que visam a participação e a inclusão dos estudantes”.

Entre estas medidas, a deputada nacional destacou o aumento na ordem dos 25,3% no orçamento do ministério da educação, o que equivale a doze bilhões, seiscentos e quarenta e sete milhões, sessenta e três mil e quatrocentos e vinte escudos, o reforço do programa de ação social sobretudo ao nível do transporte e da alimentação escolar como forma de minimizar os efeitos da seca nas ilhas mais afectadas e a gratuitidade do ensino até ao 12º ano.

“Estamos convictos que estamos no caminho certo, pois o balanço feito até agora permite-nos aferir que até ao momento conseguimos os seguintes feitos. Houve um aumento da taxa líquida de escolarização e uma diminuição do abandono escolar durante o ano letivo, assim como o aumento da taxa de aprovação e das matrículas no ano 2018-2019 (mais 1995 estudantes matriculados) e resolução de todos os pendentes de 2008 a 2015”.

Foto: Inforpress

 

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Teresa Fortes

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