O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, comparou esta quarta-feira, 24, a luta contra o vírus da covid-19 a uma “maratona” que vai durar por “muito tempo” não só em Cabo Verde, como também a nível mundial.
Segundo o governante, se o País continuar com o trabalho que tem feito até ao momento, na luta contra o vírus da pandemia que está a afectar o mundo inteiro, Cabo Verde atingirá os seus “objectivos fundamentais” que consistem em “não sobrecarregar as estruturas de saúde nacionais”.
Arlindo do Rosário fez estas considerações no lançamento do inquérito sero-epidemiológico da infecção por SARS-Covd-2 em Cabo Verde, que decorreu na Cidade da Praia.
Lembrou que ainda não há vacina para prevenir esta doença, pelo que o comportamento das pessoas na observação das medidas adoptadas pelas autoridades sanitárias é “fundamental”.
O ministro da Saúde e da Segurança Social adiantou ainda que o País vai continuar a “testar, identificar e isolar” os doentes da covid-19.
Assim, prosseguiu, foram “consideravelmente aumentados” os testes no País, quer a nível do PCR, quer no concernente a testes rápidos.
“Cerca de nove mil testes PCR já foram realizados e, também, quase 30 mil rápidos”, indicou, acrescentando que não se trata de vacinas, mas sim uma forma que “confere apenas uma fotografia de um dado momento”.
Para o governante, a colaboração da população é “importante” para que o País registe menos infectados.
Na sua opinião, o inquérito montado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em parceria com várias universidades, vem em “boa hora” e vai proporcionar uma “fotografia do momento da situação do vírus no País”.
Além de laboratórios para testes nas ilhas de Santiago e de São Vicente, anunciou ainda para o Sal e as ilhas do Fogo e Brava.
Em Santiago, segundo o ministro, vai ser “reforçada a capacidade” de realização de testes e, para tal, encontra-se em curso o processo de assinatura de um protocolo com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) para a instalação de um laboratório.
Por sua vez, a presidente do INSP, Maria da Luz Lima Mendonça, disse que o referido inquérito vai permitir conhecer a prevalência da circulação do vírus da Covid-19 no país.
Ao todo, vão ser inquiridos 6500 indivíduos, com a idade compreendida entre os 10 e os 80 anos, em todos os concelhos e ilhas do País.
A presidente do INSP disse acreditar que entre dez a 15 dias o trabalho de terreno será concluído.
Os inquiridores, num total de 50, são constituídos, na sua maioria, por enfermeiros, sob a supervisão de 22 técnicos do Instituto Nacional de Estatística.
Este inquérito, orçado em 19 mil contos, é suportado pelo Governo e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com Inforpress
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