Mau ano agrícola. Plano de emergência será executado em finais de Novembro
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Mau ano agrícola. Plano de emergência será executado em finais de Novembro

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, afirmou em Santa Cruz, que tem garantias do Governo de que as medidas do plano de emergência serão executadas em finais de Novembro ou, o mais tardar, no início de Dezembro. É que o Governo está a mobilizar fundos juntos dos seus parceiros para iniciar a implementação do plano, orçado em 8 milhões de dólares.

O chefe de Estado deu esta informação aos agricultores e criadores de gado do concelho de Santa Cruz (ilha de Santiago), quando visitava o município para constatar “in loco” os efeitos do mau ano agrícola, fazendo-se acompanhar do presidente de câmara, Carlos Silva, e do delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente local, Manuel Afonso.

Manifestando-se “preocupado” com a situação da seca, Jorge Carlos Fonseca lembrou que antes de iniciar esta visita, reuniu-se na sexta-feira com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o ministro da Agricultura e Ambiente, que lhe deram detalhes do programa de emergência. E um dos detalhes é que o Governo está a mobilizar fundos juntos dos seus parceiros para iniciar a implementação do plano. orçado em 8 milhões de dólares.  

Acrescentou a mesma fonte que Governo também tem a consciência de que se deve agir rapidamente, adiantando que os recursos já estão sendo mobilizados junto dos parceiros internacionais.

Salvamento do gado, acesso a água para beber e para a agricultura e emprego para que as famílias possam ter o mínimo de rendimento para este período de dificuldades para o mundo rural são situações que o mais alto magistrado apontou e que “exigem soluções rápidas e adequadas”.

Jorge Carlos Fonseca, que prometeu usar da sua “influência” para que as soluções e medidas sejam executadas o mais rápido possível, pediu, igualmente, “agilização nos processos e eliminação ao máximo de burocracia, para que o acesso ao crédito “não custe muito ou não tenha custos” e que os meios cheguem atempadamente aos agricultores e criadores de gado.

No concernente a resolução de problemas como furos para acesso a água, em que os agricultores de Santa Cruz, mormente os circundantes à barragem de Poilão pedem com uma certa “urgência”, tendo em conta que a mesma está a secar, o chefe de Estado pediu rapidez nos estudos para que as soluções venham em “tempo certo e adequado”.

“Não se pode pensar no pasto para o gado no meio do mau ano agrícola”, disse, apelando a racionalização dos pastos e a criação de um fundo permanente em caso de seca, erupção vulcânica e catástrofes naturais, ideia que, informou, é também defendida pelo Governo.

“A seca em cabo verde pode acontecer em qualquer ano, nós temos que nos preparar para enfrentar as secas, sem necessidade de no próprio momento estarmos a procurar apoios”, sublinhou aos jornalistas, ajuntando que se o país ambiciona ser “desenvolvido” não tem que ficar a depender de ajudas pontuais dos parceiros internacionais.

Ainda no âmbito do mau ano agrícola, cujos problemas “são os mesmos”, o Presidente da República vai estar esta segunda-feira em Santa Catarina (ilha de Santiago) e posteriormente em outros municípios.

Com Inforpress

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