A comemoração oficial dos 41 anos da criação dos Bombeiros Municipais da Praia, prevista para esta manhã, foi cancelada devido à falta de condições derivada da manifestação silenciosa realizada pela corporação.
O acto central estava marcado para as 09:30 desta segunda-feira, 26, nas instalações do quartel dos bombeiros municipais na Fazenda e seria presidido pelo presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, que, no entanto, não compareceu ao evento até por volta das 10:30, momento em que o comandante dos Bombeiros Municipais da Praia, Celestino Afonso, anunciou que a cerimónia estava adiada por falta de condições.
No lado de fora do edifício, encontrava-se um grupo de bombeiros numa manifestação silenciosa em protesto pelo não cumprimento do acordo assinado em Outubro do ano passado entre a autarquia, sindicato e a Direcção Geral do Trabalho.
Em declarações à imprensa, o vice-presidente do Sindicato de Indústria, Alimentação, Construção Civil, Agricultura e Florestas, Serviços Marítimo e Portuário (SIACSA), Davidson Lima, disse que os bombeiros estão a comemorar esta data, mas de forma silenciosa para mostrar o seu descontentamento e indignação perante as atitudes do edil praiense, que, no seu entender, está a violar os direitos dos trabalhadores e passar por cima da lei.
Para este sindicalista, a situação pela qual se encontra o corpo dos bombeiros é “vergonhosa” e está a deixar a classe “indignada” perante a acção do autarca que “tem agido à margem da lei”.
“É um desrespeito do presidente da Câmara Municipal da Praia que tem o documento engavetado há muito tempo e não nos dá nenhuma resposta. Os trabalhadores estão a protestar pelo não cumprimento do acordo celebrado na Direcção Geral do Trabalho em 09 de Outubro do ano passado e que diz respeito ao pagamento do subsídio de risco”, precisou Davidson Lima que avançou que, neste momento, os bombeiros não dispõem de condições para fazer o levantamento de cadáveres.
Segundo o sindicalista, as progressões, promoções, recrutamento de pessoal, aquisição de material e o novo regulamento são outras reivindicações que estão pendentes.
Por outro lado, adiantou que ao encontro de conciliação sobre o anúncio do pré-aviso de greve, a câmara municipal não compareceu.
Na ocasião assegurou ainda que caso a autarquia não cumprir com o acordo, vão continuar a lutar e reivindicar os seus direitos e encaminhar o processo pela via judicial.
Com Inforpress
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