A presidente do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, considera que o código de ética e conduta da RTC afigura-se como “ataque à democracia e à liberdade de imprensa”.
Janira Hopffer Almada fez esta consideração à imprensa, à saída do encontro com os representantes do Partido Popular, que aconteceu na Cidade da Praia.
Conforme explicou, o código de ética da RTC, aprovado pelo Governo, demonstra a “sua perspectiva de censurar e intimidar a liberdade” dos jornalistas neste país.
Defendeu que anteriormente, Cabo Verde apontava bons índices de liberdade de imprensa, que mereceram avaliações positivas por parte das instituições internacionais.
A lidera do maior partido da oposição avançou que o país já perdeu, “nos últimos dois ou três anos”, com o actual Executivo, várias posições nos índices de liberdade de imprensa, porque “essa atitude, totalmente absolutista de perspectivar e condicionar os jornalistas, põe em causa a democracia nacional”.
“É uma atitude até ostensiva e muito nefasta, não só para a democracia mas ainda para a avaliação que se faz de Cabo Verde”, destacou.
Relativamente a esta questão, a Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP), da qual a AJOC é membro, também manifestou o seu ponto de vista, considerando que o código de ética da RTC reveste de um conjunto de medidas de censura que não se concebe num Estado de democrático de direito.
Essa consideração foi expressa numa carta enviada à Administração da Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC) aos cuidados da AJOC e que a direcção da FJLP promete enviar cópia aos órgãos internacionais da defesa dos direitos humanos e trabalhistas.
O código deontológico da RTC está em vigor desde o dia 15 deste mês, tendo sido muito contestado pelos jornalistas da instituição.
Com Inforpress
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