O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou esta quinta-feira, 21, que todos os aeroportos do país serão “concessionados” mediante a “escolha de parceiro estratégico” e “pode acontecer ainda este ano”.
“Uma das vantagens da concessão e da escolha de um bom parceiro é aumentar o fluxo de passageiros”, indicou o chefe do executivo, para quem quantos mais aparelhos a aterrarem e a levantarem voos, “mais ganha a gestão dos aeroportos”.
Para o chefe do Governo, que falava à imprensa no final de uma visita ao Aeroporto Internacional Nelson Mandela (Praia), a FIR-Oceânica “continuará a ser gerida por uma entidade pública”, enquanto a gestão dos aeroportos “será concessionada”.
A concessão das infra-estruturas aeroportuárias, prosseguiu, acontecerá depois da elaboração do quadro legislativo “que está a ser trabalhado” e partir daí será “fechado um bom parceiro estratégico”.
Perguntado se a escolha do tal parceiro estratégico passará por um concurso público, Ulisses Correia e Silva afirmou que isto “será definido na lei”.
Acrescentou ter ficado “agradavelmente surpreendido” com o que viu no aeroporto da Praia, onde, de acordo com as suas palavras, foram feitos “bons investimentos”, os quais colocam aquela infra-estrutura entre “os mais funcionais e modernos” do país, em termos de “segurança, eficiência e qualidade”.
“Estas obras colocam o aeroporto da Praia como um aeroporto moderno e com maior nível de eficiência e segurança e com capacidade de expansão futura, em termos de serviços e de números de voos”, afirmou o chefe do Governo.
Segundo ele, neste momento, os investimentos feitos nos aeroportos têm em vista transformar as actividades deste sector em “actividade importante para o desenvolvimento de Cabo Verde”.
Sobre a possibilidade da extensão do actual aeroporto o primeiro-ministro deixou transparecer que “acções futuras serão avaliadas” nesse sentido, mas que caberá ao quadro técnico definir.
Instado se faz sentido ampliar a actual pista, quando se efectiva o “hub” aéreo no Sal, explicou que tal plataforma no Sal tem uma “funcionalidade muito própria”, ou seja a distribuição do tráfego entre Cabo Verde, Europa, Américas e África.
“Mesmo a TACV (Cabo Verde Airlines) a voar a partir do Sal, no conceito “hub”, não impede que faça voos a partir da Cidade da Praia, desde que haja rentabilidade comercial”, precisou o chefe do Governo, acrescentando que “eventualmente, no futuro, o país terá mais aeroportos internacionais”, para serem “pontos de serviço e de apoio ao aumento do fluxo do turismo”.
Com Inforpress
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