Os hiacistas e taxistas de Santa Catarina, no interior de Santiago, uniram-se hoje para pedirem mais fiscalização da Polícia Nacional (PN) e da Direcção-geral dos Transportes Rodoviários nos terminais contra o transporte clandestino em Assomada.
Em declarações à Inforpress, o presidente da Associação de Condutores e Fiscalizadores da Paragem Norte de Santa Catarina, Emanuel Varela, afirmou que o aumento de transportes clandestinos, sobretudo de táxis, se deve à falta de fiscalização das autoridades locais, após um abaixo-assinado de um grupo de condutores que exige a demissão da delegada da DGTR e do comandante regional da PN em Santiago Norte.
É que, segundo ele, na sequência desse abaixo-assinado, subscrito na sua maioria por condutores de táxis clandestinos, estas duas instituições deixaram de fazer a fiscalização do trânsito.
“Não compactuamos com o abaixo-assinado. Apoiamos o comandante regional e a delegada da DGTR em Santiago Norte por entendermos que estão a fazer um bom trabalho em termos da fiscalização do trânsito”, disse, insistindo que defendem a legalidade e não a ilegalidade.
A título de exemplo, informou que num trabalho conjunto a DGTR e Polícia Nacional conseguiram desmantelar 120 viaturas que operavam na clandestinidade e outras, cujas características foram alteradas.
Ladeado de condutores e proprietários de hiaces, de táxis e de escolas de condução, o líder associativo pediu o regresso das autoridades às estradas, para que se possa pôr cobro ao aumento de transportes clandestinos em Assomada, sobretudo, de táxis clandestinos.
Acrescentou ainda que após o interregno na fiscalização surgiram outros terminais de hiaces em Assomada, nomeadamente na Bolanha, Rua Pedonal e Rotunda de Nova Alegria.
“Assomada vai de mal a pior em termos de organização de hiace”, lamentou o também proprietário de hiace, exigindo mais uma vez medidas das autoridades contra a concorrência desleal de transportes clandestinos em Santa Catarina.
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