Cinco mil cabo-verdianos visitam anualmente os EUA e mais de mil emigram para esse país – cônsul
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Cinco mil cabo-verdianos visitam anualmente os EUA e mais de mil emigram para esse país – cônsul

Cerca de cinco mil cabo-verdianos visitam anualmente os Estados Unidos da América e mais de mil emigram para este país, perseguindo o sonho americano, anunciou o vice-cônsul americano, Jonathan Coleman, na Cidade da Praia.

“Esses novos cidadãos e residentes permanentes legais dos EUA contribuem para a economia dos EUA e aumentam remessas de volta para Cabo Verde”, afirmou Jonathan Coleman, acrescentando que esses movimentos “fortalecem os laços” entre as duas nações e baseiam-se nas trocas culturais que caracterizam o relacionamento bilateral desde a independência do arquipélago.

Segundo o vice-cônsul, num estudo recente, o Departamento de Segurança Interna dos EUA descobriu que mais de 15 por cento dos viajantes cabo-verdianos permanecem ilegalmente nos Estados Unidos para além dos termos do seu visto.

“Isto coloca Cabo Verde entre as dez nações com mais estadias ilegais no mundo”, destacou Jonathan Coleman numa crónica publicada na página oficial da embaixada dos EUA, na Praia, na rede social facebook.

Lembrou que aqueles que fazem uso indevido dos seus vistos correm o risco de enfrentar “sérias consequências, incluindo prisão, deportação e/ou revogação do visto”.

“O seu comportamento pode até colocar em dúvida os pedidos de visto de pessoas a eles associadas, incluindo a sua família, amigos e a comunidade cabo-verdiana em geral”, sublinhou.

No dizer de Jonathan Coleman, a  Secção Consular “assiste os cidadãos americanos em Cabo Verde, facilita as viagens legítimas para os Estados Unidos e defende a lei de imigração dos EUA”.

Na sua perspectiva, os serviços consulares desempenham um “papel fundamental” no sucesso da relação bilateral entre os EUA e Cabo-Verde, e, por isso, acrescentou, acredita “ser importante que o público entenda como funciona a Secção”.

“A falta de documentos é a causa número um de atraso, mas uma preparação anterior pode resolver esse dilema”, indicou o vice-cônsul.

“Um visto de turista não permite que o viajante trabalhe e ganhe salários, obtenha benefícios públicos reservados para residentes nos EUA, nem permanecer nos Estados Unidos por um período para além de seis meses”, frisou Jonathan Coleman.

Além disso, enfatizou que, na ausência de circunstâncias especiais, não é permitido dar à luz nos Estados Unidos com um visto de turista.

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