A Advogada Jandira Cid, que acusa a Polícia Nacional em Espargos de agressão e abuso de força, já deu entrada na Procuradoria da Comarca do Sal com uma queixa crime contra quatro agentes e o Comandante da Esquadra de Espargos, José Luís Pereira. O processo foi encaminhado ao Tribunal no último dia 11 de fevereiro.
Representada por Cláudia Ramos e José Henrique Andrade, a advogada Jandira Cid procedeu criminalmente contra os cinco alegados participantes no caso – José Luís Pereira, Steven Fonseca, Eliezer, João Santos e um agente cujo nome é desconhecido –, manifestando “o propósito de se constituir assistente e deduzir pedido de indemnização civil”.
Jandira Cid, diz-se confiante de que a justiça será feita: “Eu acredito na Justiça cabo-verdiana. Principalmente pela profissão que exerço tenho de acreditar na nossa justiça. que fizeram comigo e o que têm feito com outros advogados e com cidadãos é um abuso e o desrespeito à lei. Isso tem de parar. Estou confiante”.
Recorde-se, Jandira Cid falou que falou em primeira mão com o Santiago Magazine, acusa a Polícia Nacional de Espargos, ilha do Sal, de agressão, intimidação e abuso de força. A advogada alega que lhe foi negado o direito de exercer a profissão e que sofreu abusos de autoridade dentro da própria esquadra.
Na altura, Santiago Magazine contatou o comandante da Esquadra de Espargos e um dos acusados, que negou as alegações de Cid: “Iremos nos pronunciar oportunamente. Entretanto, posso adiantar que tais alegações não correspondem minimamente à verdade. Antes pelo contrário”.
Após Cid manifestar-se “profundamente decepcionada” com o silêncio da Ordem dos Advogados de Cabo Verde em relação ao assunto, dias depois a instituição emitiu um comunicado, manifestando a sua solidariedade para com a advogada. No comunicado, a OACV recorreu ao seu Estatuto, ressaltando os artigos 159º relativo ao direito do tratamento e a condições de trabalho condignos e 162º, sobre o direito a não ser molestado por causa do exercício da profissão.
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