Autoridades de saúde dizem que Eliane morreu por afogamento
Sociedade

Autoridades de saúde dizem que Eliane morreu por afogamento

A criança de 13 anos encontrada morta numa praia da ilha do Sal morreu por afogamento, segundo o certificado de óbito revelado hoje pelo delegado de Saúde da ilha, José Rui Moreira, depois de realizada a autópsia.

Em declarações à Inforpress, o médico disse que a primeira causa da morte da menina foi asfixia, afogamento no mar, não se sabendo, para já, o que poderá ter acontecido antes da morte.

A adolescente foi encontrada morta na sexta-feira numa praia na ilha do Sal, num caso que chocou a sociedade cabo-verdiana, estando também a circular informações que terá sido violada antes de supostamente ser assassinada.

O delegado de Saúde do Sal disse que essa possibilidade está em estudo, já que as autoridades policiais ainda estão a investigar como é que a menina foi parar ao local.

Eliane terá desaparecido no caminho entre a escola e a sua residência, tendo sido dada como desaparecida na tarde de quinta-feira, e o corpo foi encontrado por um popular na zona de Monte Leão na sexta-feira de manhã.

O Presidente da República, José Maria Neves, disse estar “desolado e profundamente triste” e pediu união de todos no combate à violência contra as mulheres e meninas.

“Aguardo todos os esclarecimentos sobre mais este caso de violência contra crianças e adolescentes do nosso país. À família enlutada a minha solidariedade”, afirmou.

Já o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, garantiu que o Governo “tudo fará” para que a justiça seja feita, tendo o Governo enviado o ministro da Educação, Amadeu Cruz, à ilha do Sal para prestar solidariedade à família e à comunidade educativa local.

Em comunicado, o Ministério da Educação informou que as autoridades competentes estão a investigar as circunstâncias e os contornos deste “trágico acontecimento” que abalou o país.

O caso chegou na sexta-feira ao parlamento cabo-verdiano, com o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, a considerar o sucedido de “inqualificável” e o deputado do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) João Gomes a confortar a família.

O funeral da criança foi realizado hoje à tarde, depois de uma homenagem da direção da escola, que suspendeu as aulas durante o dia.

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