
O Amadeu Oliveira e o seu constituinte, Arlindo Teixeira, foram ontem interrogados por uma equipa do Corpo Especial de Intervenção, que os foram encontrar num hotel onde estavam hospedados. Após horas a prestar esclarecimentos, ambos foram mandados embora sob "um aparato policial", segundo o próprio Amadeu Oliveira contou ao Santiago Magazine.
O advogado, que confirmou ter ajudado Arlindo Teixeira a sair de Cabo Verde, depois de ser posto em prisão domiciliária, garante que tem neste momento o apoio da polícia francesa, após perceberem o que estava a suceder com o seu cliente. Feitos os esclarecimentos, Oliveira assegura que os dois têm agora autorização do Comissariat General de Paris para circularem no país como pretenderem.
Aliás, o advogado disse que, com o apoio daquela polícia, logo a seguir ao interrogatório já estavam a caminho da Gare de L'Est para apanhar um TGV que os levaria até àfronteira da França com o Luxemburgo, de onde seguiriam para a cidade de Moselle, onde Arlindo Teixeira vivia, antes de vir a Cabo Verde passar férias e se ver nas barras do Tribunal sob a acusação de homicídio, versão que Oliveira rejeita até hoje, alegando haver provas que comprovam ter sido legitima defesa e que o Tribunal Constitucional levou em consideração a ponto de anular a sentença do Supremo Tribunal que o havia condenado a 9 anos de prisão efectiva.

Amadeu Oliveira com os familiares de Arlindo Teixeira, e, Moselle, França
Em Moselle jazem os restos mortais dos pais de Arlindo Teixeira, a quem Amadeu Oliveira prometera entregar o filho desde os acontecimentos de há mais cinco anos. Agora, é “tarde, muito tarde”, lamenta o advogado, sublinhando que a ideia de tirar Arlindo Teixeira de Cabo Verde visa evitar que o mesmo cometesse suicídio.
“Depois disso vou dormir 48 horas seguidas para recuperar do desgaste fisico e psicológico, antes de apanhar o primeiro avião que houver de regresso à Lisboa e logo de seguida à cidade da Praia para ir entregar a minha cabeça naquele maldito e criminoso Supremo Tribunal de Justiça de Cabo Verde e ir prestar esclarecimentos ao presidente da Assembleia Nacional e ao presidente da UCID", escreveu Amadeu Oliveira em mensagem dirigida esta tarde ao Santiago Magazine.
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