Agentes da PN detidos por roubo e sequestro vão aguardar julgamento em liberdade
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Agentes da PN detidos por roubo e sequestro vão aguardar julgamento em liberdade

Um ex-oficial e um agente da Policia Nacional, detidos na passada sexta-feira, 26, por roubo, sequestro e burla, vão aguardar o julgamento em liberdade, sob Termo de Identidade e Residência (TIR).

O tribunal da Comarca da Praia obrigou ainda o antigo oficial da PN a pagar uma caução de 150 mil escudos. Ele, que foi detido na sexta-feira passada fora de flagrante delito, é acusado da prática de um crime de falsificação de documentos, em concurso efectivo real com um crime de burla.

“O arguido, em concertação com outro indivíduo, é suspeito de ter induzido em erro uma mulher, assegurando ser capaz de lhe arranjar documentos necessários à obtenção de vistos de entrada em Portugal tendo, para o efeito, forjado outros documentos”, informa a PJ, acrescentado que “o arguido tinha como propósito, conseguir junto à mulher, o pagamento de uma certa quantia em dinheiro, quantia com a qual os suspeitos obtiveram vantagem patrimonial ilícita, causando prejuízos consideráveis à vítima”.

O segundo policial é acusado de prática de um crime de sequestro agravado, um crime de roubo com violência sobre pessoa e um crime de armas, cometidos em Setembro de 2016. 

“Na sequência de buscas domiciliárias, apreendeu-se na casa do arguido, um relógio, mascote e anéis dourados, balanças de precisão, recibos de envio de dinheiro para o estrangeiro, chaves de viaturas, uma pedra para testar a veracidade do material ouro, uma pequena quantia de estupefacientes e dois passaportes”, diz a Judiciária.

Vale referir que são três os elementos da PN envolvidos em sequestros, assaltos a residências e burla. Além dos dois polícias detidos esta sexta-feria, havia um terceiro agente que, em Dezembro (dia 3) último, foi morto com sete tiros com sua própria arma - a vítima chama-se Evandro Lopes.

No início do ano, Flávio Rocha, agente da PN na Boa Vista, foi constituído arguido por presumível envolvimento no assalto ao balcão do BCN em Sal-Rei, capital da ilha das dunas. O policial, natural da ilha Brava, é supostamente membro da quadrilha, tendo sido indiciado de fornecer a arma de guerra alto calibre, uma AKM, que o bando utilizou durante o assalto ao BCN na Boa Vista. Rocha confessou,perante o juiz de instrução, que "emprestou" a AKM da PN aos suspeitos do assalto em Sal-Rei. Ele, o policial, e os comparsas desse golpe ao BCN estão a aguardar julgamento em prisão preventiva.

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