Afinal, é um inspector da PJ que foi detido por envolvimento com tráfico de droga. Corporação já confirmou em comunicado
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Afinal, é um inspector da PJ que foi detido por envolvimento com tráfico de droga. Corporação já confirmou em comunicado

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou em comunicado a detenção de um Inspector de 43 anos, por este estar fortemente indiciado na prática de crimes de Adesão e Colaboração com Associação Criminosa para o Tráfico de produtos estupefacientes e Lavagem de Capitais, Corrupção e Extorsão. Tudo ligado, ao que Santiago Magazine apurou, ao grupo de Eugénio Lima descobertos pela Operação Troia e cujos arguidos fugiram do país em Abril, via Dakar.

Afinal é um inspector da PJ que foi detido desde ontem para ser apresentado hoje ao Tribunal da Comarca da Praia. O homem, de 43 anos, foi detido através da Secção Central de Investigação de Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (SCICCEF), fora de flagrante delito, na Praia, em cumprimento de um mandado do Ministério Público, desta quarta-feira, 07.

Ainda na sequência do cumprimento de um mandado de busca à sua residência e gabinete de trabalho, foram apreendidos objectos de interesse para a investigação.

Segundo fontes do nosso jornal, o mesmo poderá estar relacionado ao mediático caso de tráfico de drogas baptizado de Tróia, cujos arguidos terão fugido do país em Abril último e levando o director nacional da PJ a prometer investigar a fundo de modo a apurar o que se passou e como eles saíram do país.

O detido, conforme já tinha avançado Santiago Magazine, será presente, esta quinta-feira, 08, ao Tribunal da Comarca da Praia.

Na sequência da “Operação Tróia”, desencadeada a 03 de Julho de 2019, no bairro de Eugénio Lima, foram apreendidos 11.878 kg de cocaína e seus derivados, 16.137.684 escudos, seis armas curtas – um makarov, dois walther, uma pistola transformada calibre 6.35, uma pistola semiautomática de marca ‘star’, um revólver –, e uma arma longa – espingarda caçadeira semiautomática de calibre 12, aproximadamente 50 munições e seis viaturas, e detidas, na altura em flagrante delito, nove pessoas.

Entre os meses de Agosto de 2019 e Junho de 2020 foram detidas 16 pessoas, com 12 delas ficando em prisão preventiva e quatro sob termo de identidade e residência.

O tribunal chegou a fazer a leitura das sentenças, com penas que chegaram até aos 18 anos de reclusão, além do confisco de todos os bens apreendidos no processo.

 Mas estas viram-se suspensas, uma vez que a defesa já tinha interposto o pedido de habeas corpus no dia 04 de Janeiro no Supremo Tribunal de Justiça que, por sua vez, deu provimento ao pedido.

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