Afinal o período de seca pela qual atravessam os concelhos de Praia e São Domingos tem uma explicação. O mesmo está, segundo a empresa responsável pela produção do precioso líquido, a ELECTRA, relacionada a um calote de mais de dois milhões de contos da empresa distribuidora, Águas de Santiago (AdS).
Num comunicado a que o Santiago Magazine teve acesso, a ELECTRA começou por dizer que a empresa não tem qualquer problema na produção e que a falta de água está relacionada a um conjunto de situações.
Prosseguindo, referiu que o contrato de fornecimento de água em Alta, assinado entre a produtora (ELECTRA) e a distribuidora (AdS), prevê uma quantidade mínima diária de entrega pela ELECTRA, mediante o pagamento do fluxo diário e diferença do pagamento da faturação no final do mês, pela AdS.
Neste momento, acrescentou, a ELECTRA tem capacidade de produção diária de água de 20 mil metros cúbicos, suficientes para cobrir a demanda das cidades da Praia e de São Domingos.
A ELECTRA ressaltou, entretanto, que a distribuidora não tem cumprido com o pagamento regular dos fluxos diários, e não vem cumprindo com os pagamentos dos remanescentes mensais das faturações, que tem como objectivo, estancar a dívida que neste momento ascende a mais de 2 milhões de contos.
“Perante este cenário, como a ELECTRA depende da compra de combustíveis para a produção da eletricidade que alimenta as dessalinizadoras, teve que ajustar a produção e entrega de água à distribuidora, em função dos pagamentos”, lê-se.
Entretanto, a ELECTRA diz-se disponível, a qualquer momento, para aumentar a produção de água e entregar maior quantidade, caso a distribuidora cumpra com o pagamento da faturação mensal.
Finalizando, a ELECTRA disse lamentar quaisquer constrangimentos que este problema esteja a causar às famílias e empresas, mas rejeita e refuta qualquer responsabilidade.
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