A desresponsabilização é um fenómeno que pode ser atribuído, em parte, à incompetência. Indivíduos incompetentes frequentemente evitam assumir responsabilidades, com receio de serem expostos ou de falharem, o que os leva a adotar estratégias para não reconhecerem os próprios erros. Este é o caso do Vereador de Saneamento, que insiste em culpar o "fogo posto" pelos sucessivos incêndios na lixeira municipal.
A desresponsabilização é um fenómeno que pode ser atribuído, em parte, à incompetência. Indivíduos incompetentes frequentemente evitam assumir responsabilidades, com receio de serem expostos ou de falharem, o que os leva a adotar estratégias para não reconhecerem os próprios erros. Este é o caso do Vereador de Saneamento da Câmara Municipal do Sal, que insiste em culpar o “fogo posto” pelos sucessivos incêndios na lixeira municipal.
Este exemplo ilustra claramente a postura de desresponsabilização do vereador Francisco Correia, aka “Nascido Para Ser Campeão”. Ao culpar repetidamente o “fogo posto”, sem analisar problemas internos ou corrigir as condições que favorecem os incêndios, demonstrando uma falta de compromisso com a transparência e com a resolução efetiva do problema. Esta abordagem impede a aprendizagem e prejudica o desenvolvimento da sociedade.
É fundamental que a Câmara Municipal do Sal realize uma avaliação técnica para identificar fatores como o acúmulo excessivo de resíduos inflamáveis, a má gestão de resíduos orgânicos e falhas estruturais que possam contribuir para os incêndios. Além disso, a desresponsabilização não só prolonga a crise, como também aumenta a desconfiança da população. Por isso, o ideal seria que o “Nascido Para Ser Campeão” e o vice-presidente Júlio Lopes assumissem as suas responsabilidades, investigassem a situação e apresentassem um plano de ação informando a sociedade salense sobre os pontos críticos identificados e as soluções a implementar, bem como o prazo para a resolução do problema.
É importante recordar que esta questão persiste há anos, e a falta de respostas e soluções só agrava a saúde dos habitantes da Ilha do Sal, especialmente dos que trabalham no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, dos que deslocam diariamente para trabalhar em Santa Maria e, durante os períodos de mudança da direção do vento, a população dos Espargos.
Outra questão é a cumplicidade das autoridades de saúde da ilha do Sal, que têm o poder para encerrar a lixeira, situada a um quilômetro do hospital regional.
A afirmação de que a Câmara Municipal “está disponível para resolver o assunto” é, na realidade, mais uma falácia, pois resolver problemas como os recorrentes incêndios na lixeira é uma obrigação, não um ato de boa vontade. Esta declaração parece tentar criar um sentimento de gratidão na sociedade, como se estivessem a fazer-nos um favor. É responsabilidade do vereador de saneamento e da Câmara Municipal do Sal agir de forma responsável e proativa para proteger a saúde pública e o bem-estar da comunidade. Quando afirma que estão a trabalhar com o Ministério do Ambiente neste problema (queremos ver dados concretos; estamos cansados de promessas), lamentamos informar que, desde 2017, prometeram acabar com a lixeira e resolver o problema de saneamento, mas nada foi feito.
Em 2024, a lixeira continua a existir e os problemas de saneamento na Ilha mantêm-se sem soluções à vista, especialmente na cidade de Santa Maria, onde é comum encontrar contentores cheios e sujos.
Mais do que se “colocar à disposição”, é um dever dos servidores públicos antecipar e corrigir falhas, atuando com transparência e compromisso. A atuação firme e eficaz não é opcional; é uma responsabilidade essencial que precisa de ser cumprida para garantir que a saúde pública não esteja em risco sempre que ocorre um incêndio.
Os incêndios acontecem há vários anos e, neste momento, a sociedade, mesmo em silêncio, já não quer saber das vossas desculpas, mas sim de uma solução imediata que resolva de uma vez por todas a questão dos incêndios.
A localização da lixeira é o menor dos nossos problemas.
É urgente que resolvam o problema dos incêndios e, apenas depois, considerem a construção de um novo aterro ou alternativas como o tratamento ou incineração de resíduos para gerar energia (é uma alternativa viável). Com uma incineradora que produza eletricidade para venda à Electra, estariam a criar um sistema de saneamento que gera receita, permitindo reinvestimentos no próprio sistema e melhorias no serviço.
Em 2017, o vice-presidente, Júlio Lopes, afirmou que “muito em breve a lixeira seria desativada” e que “a problemática do lixo melhorou a olhos vistos”. Ainda bem que temos olhos para constatar o que é evidente e visível para todos.
Ao fugir das vossas responsabilidades, o ‘campeão’ e o vice-presidente contribuem para a estagnação da nossa sociedade.
Quando um servidor público age com incompetência, a responsabilidade geralmente recai sobre aqueles que o escolheram. No vosso caso, ‘campeão’ e vice-presidente, essa responsabilidade é política. E quando a saúde pública permanece negligenciada por teimosia, a vossa responsabilidade é criminal.
No entanto, no caso do ‘campeão’ e do vice-presidente, fica a dúvida: quem escolheu quem?
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