Alex Saab é muito mais do que aquilo que se pode dizer acerca dele, Alex é um pai, um marido, um trabalhador. É também um paciente com cancro, preso num país, sem assistência médica durante mais de um ano. Uma pessoa que, como tu e eu, merece respeito pelos seus direitos humanos. Porque estes direitos humanos universais não dependem das cores políticas, dos interesses económicos ou dos discursos dos países imperialistas que se consideram os polícias do mundo.
Hoje é um dia triste para a nossa família. Um dia que faz com que a nossa espera por justiça seja um pouco mais longa. Mas é ainda mais triste quando vemos os meios de comunicação social a regozijarem-se com uma chamada decisão judicial que nada mais significa que uma perda de direitos para todos nós.
Alex Saab é muito mais do que aquilo que se pode dizer acerca dele, Alex é um pai, um marido, um trabalhador. É também um paciente com cancro, preso num país, sem assistência médica durante mais de um ano. Uma pessoa que, como tu e eu, merece respeito pelos seus direitos humanos. Porque estes direitos humanos universais não dependem das cores políticas, dos interesses económicos ou dos discursos dos países imperialistas que se consideram os polícias do mundo.
Desafiar as leis impostas pelos mais fortes, a fim de ajudar o teu povo, não pode ser uma razão para que a lei esteja acima de ti e te esmague. Muitos estão hoje a cantar que Alex será extraditado. É evidente que o queriam tanto que nem sequer leram uma frase de que não é o fim, mas apenas mais um passo nesta ignomínia.
Sentimos a sua falta, sim, mas acima de tudo estamos preocupados que se um diplomata como ele, que estava numa missão humanitária, pode ser detido do outro lado do mundo, despojado de todos os seus direitos, e tratado de forma tão desumana, onde é que isso deixa os outros diplomatas do mundo. Penso que o mundo ainda não está consciente dos danos que está a causar não só a esta família, mas também a si próprio.
A justiça deve ser preservada, sim, mas não contornando todas as regras estabelecidas, nem tudo é permitido. Não se podem ignorar as medidas humanitárias exigidas pelos organismos internacionais, não se podem ignorar os Tribunais africanos.
Com tanto que custou aos povos do sul organizarem-se contra o gigante do norte. Sei que alguém que me lê hoje dirá que Alex o merece, movido pelo rancor e pela desumanidade que caracteriza aqueles que só querem direitos para si próprios, mas não, todos nós merecemos um tratamento humano.
Ontem a extradição não foi decidida, como nos melhores jogos, ainda há o tempo de desconto. Hoje é um dia triste para a nossa família, mas também um dia de esperança. Esperança de que a razão prevaleça sobre a loucura, esperança numa Justiça que deve igual para todos.
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