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Alberto de Mello – Beta, o protagonista
Ponto de Vista

Alberto de Mello – Beta, o protagonista

É salutar recordar aos menos atentos da disputa que Alberto Mello (Beta) travou em 2016, quando fez os seus cálculos que estava mais bem posicionado para ser cabeça de lista às eleições autárquicas do mesmo ano, mas por ironia do destino, o MPD descartou-o, apostando todas as suas fichas no Óscar Santos. BETA, o protagonista, amargurado, sofre em silencio à espera de uma oportunidade de vingança, com a consciência de que só seria possível num cenário trágico da derrota da sua própria equipa, sob a liderança do então Edil Óscar Santos. Revela a esperança estratégica de um kamikaze. Beta, o protagonista, estava convencido que seria a escolha natural do seu partido, visto que vinha exercendo o pelouro das Infraestruturas, Transportes e Espaços Públicos no mandato do UCS, mas os jogos de bastidores e do poder no seio do partido secundaram-no. Essa troca de lugares, de pretendente a avançado e titular para o banco de suplentes, não foi do seu agrado e, de certa forma, o protagonista, em jeito de compensação, negoceia um cargo executivo que lhe vale, ainda, uma boa grana, que é o preço do seu silêncio.

Face aos resultados das eleições autárquicas, ocorridos no pretérito dia 25 de outubro e, vislumbrando mais uma estrondosa derrota nas próximas eleições legislativas, do dia 18 de abril, Alberto de Mello, Beta – que exerceu a Presidência da Assembleia Municipal da Praia, durante os últimos 4 (quatro) anos, entre 2016-2020, enche o peito e, protagoniza a defesa do pesado fardo deixado pelo Óscar Santos.

O protagonista quer passar-nos airosamente a mensagem que nunca esteve lá. Ou, pior ainda que esteve lá, mas não teve nada a ver com o que passaram nos últimos 8 (oito) anos na gestão negligente da Câmara Municipal da Praia.

Veio à liça para a liderança da Região Política de Santiago Sul, marcado pela ausência de uma visão estratégica, numa alusão a considerações genéricas e populista, inócuas num deserto de ideias, com o pretexto de fazer a oposição ao recém Edil eleito, Francisco de Carvalho.

Surge num contexto de preterido nas eleições autárquicas que ocorreram em 2016, com a áurea de salvador das ostes ventoinhas em 2021, o que revela e põe a olho nu, as fragilidades da liderança atual do MPD.

Beta, o protagonista, por um lado, tenta livrar-se a todo o custo do ativo tóxico da gestão de Óscar Santos, mas também fugindo às suas responsabilidades nas decisões que passaram pelo seu punho. Por outro lado, tenta capitalizar a seriedade com a narrativa que é o último dos bem-intencionados, fazendo jus à velha máxima:  não basta sê-lo, terá que parecê-lo.

De mansinho e com os pés de lã, Beta, o protagonista, incorpora as diretrizes da cúpula, esboçando um aproximar aos seus militantes, com um discurso fanático e eleitoralista, com o único objetivo de atropelar e corromper a consciência do eleitorado cabo-verdiano. 

É salutar recordar aos menos atentos da disputa que Alberto Mello (Beta) travou em 2016, quando fez os seus cálculos que estava mais bem posicionado para ser cabeça de lista às eleições autárquicas do mesmo ano, mas por ironia do destino, o MPD descartou-o, apostando todas as suas fichas no Óscar Santos.  BETA, o protagonista, amargurado, sofre em silencio à espera de uma oportunidade de vingança, com a consciência de que só seria possível num cenário trágico da derrota da sua própria equipa, sob a liderança do então Edil Óscar Santos. Revela a esperança estratégica de um kamikaze.

Beta, o protagonista, estava convencido que seria a escolha natural do seu partido, visto que vinha exercendo o pelouro das Infraestruturas, Transportes e Espaços Públicos no mandato do UCS, mas os jogos de bastidores e do poder no seio do partido secundaram-no.

Essa troca de lugares, de pretendente a avançado e titular para o banco de suplentes, não foi do seu agrado e, de certa forma, o protagonista, em jeito de compensação, negoceia um cargo executivo que lhe vale, ainda, uma boa grana, que é o preço do seu silêncio.

Em 2020, Beta, o protagonista, face ao desempenho da sua avaliação não foi reconduzido para a liderança da Assembleia Municipal e nem mostrou a pretensão de ser candidato a absolutamente nada. O momento não lhe era favorável porque o Óscar Santos continuava a ser indiscutivelmente a aposta de UCS.  Aparece Ana Barber como cabeça de lista para a AMP. Restava ao Beta, o protagonista, a sua saga na Cabo Verde Investimento com um elevado salário e, nem sequer, investiu na campanha a favor do Óscar Santos, porque continuava “GRABADU DI ULISIS”.

Posto isto, o MPD até ainda não acredita que perderam a capital do país, a joia da coroa, decidiu auscultar aos seus militantes, tendo Beta, o protagonista, como porta-voz do partido, no sentido de encontrar as respostas e equacionar o que se passou durante as autárquicas. Uníssono, os militantes de base mostraram o descontentamento face ao afastamento das elites do MPD, mas os praienses de um modo geral deram a seguinte resposta: 
- Francisco “trazi pruposta rial ki praia mesti. Povu ki ta poi, povu ki ta tra”.

Mas vale tarde do que nunca, Beta, o protagonista, sentiu o pulsar dos Munícipes, o que vem traduzindo da sua parte num tom agressivo e voz grossa, coisa que não é do seu timbre, a não ser para impor respeito interno e marcar posição nas listas para as próximas eleições legislativas.

O sonho torna-se realidade e Beta insurge como o protagonista de um enredo que se assemelha a uma novela mexicana, prevendo um final dramático.

Segundo consta que impôs um orçamento chorudo de 6.000.000$00 (seis milhões de escudos) para a sua campanha de promoção pessoal, enquanto o povo sofre numa crise pandémica sem precedentes. São opções legitimas que o povo irá pronunciar sem apelo nem agravo no próximo dia 18 de abril.

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