O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, discursa no dia 2 de Novembro na Cimeira dos Líderes Mundiais sobre mudanças climáticas, que acontece em Glasgow, Escócia, sob o lema “Unindo o mundo para enfrentar as mudanças climáticas”, anuncia fonte governamental.
De acordo com a mesma fonte, a cimeira liderada pelo primeiro-ministro do Reino Unido decorre entre os dias 1 e 2 de Novembro e dará início à 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que se prolonga até 12 de Novembro de 2021.
A COP, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCCC), estabelece as obrigações básicas de 196 Estados (ou partes) e da União Europeia para combater as mudanças climáticas.
Reúne-se todos os anos para rever o estado de implementação dos seus compromissos, bem como propor, avaliar e aprovar outros instrumentos que apoiem essa implementação.
Este ano sob o lema “Unindo o mundo para enfrentar as mudanças climáticas”, a COP 26 insiste na importância da cooperação internacional para tratar das mudanças climáticas.
Portanto, a COP reúne governos de todo o mundo, milhares de cientistas, empresários, representantes institucionais e ONG para anunciar novos compromissos climáticos e avançar nas negociações sobre mudanças climáticas, com o principal objectivo de tornar operacionais todos os pontos do Acordo de Paris e da Convenção-Quadro.
Assim, sendo Cabo Verde signatário do Acordo de Paris, o líder do Governo cabo-verdiano terá oportunidade de levar a visão e os compromissos do arquipélago, bem como as políticas que o Estado tem vindo a implementar em relação às mudanças climáticas.
Segundo a nota governamental, o País tem vindo a tomar uma série de medidas visando a diminuição da sua vulnerabilidade e aumento da sua resiliência, entre as quais, a preparação do seu Plano Nacional de Adaptação com o principal objectivo de integrar a adaptação às mudanças climáticas nos mecanismos de planeamento e de orçamento existentes e novos, com todos os sectores relevantes e a todos os níveis.
“A ambição de Cabo Verde é alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Os principais objectivos de implementação centram-se no aumento da produção de electricidade a partir de fontes de energias renováveis, na melhoria da eficiência energética em todos os sectores, na mudança do transporte de combustíveis fósseis para o transporte electrificado e mobilidade activa individual, na melhoria da reabilitação dos recursos naturais e em medidas de neutralidade da terra”, refere a nota oficial.
Até 2030, acrescenta-se, Cabo Verde pretende estabelecer funções de resiliência e métricas fundamentais, nomeadamente concernentes ao baixo teor de carbono, acesso à água sensível ao género e catástrofes, energia e serviços públicos essenciais e infra-estruturas e equipamentos resilientes.
O primeiro-ministro chefia uma “importante” delegação cabo-verdiana à COP26, da qual faz parte ainda o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, sendo que do programa constam, entre outros compromissos, a sua participação, no dia 3 de Novembro, no SOFF (Creating the Systematic Observations Financing Facility), evento de alto nível à margem da COP26.
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