Primeiro-ministro nega que medidas tomadas com relação a Cabo Verde Airlines sejam lesivas ao Estado. Fala em salvação da empresa
Política

Primeiro-ministro nega que medidas tomadas com relação a Cabo Verde Airlines sejam lesivas ao Estado. Fala em salvação da empresa

O primeiro-ministro refutou hoje que as medidas tomadas com relação a Cabo Verde Airlines (CVA) sejam lesivas ao Estado, explicando que o Governo está mais uma vez a salvar a empresa como fez em 2016.

Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas na manhã de hoje, na Cidade da Praia, no final de uma visita a algumas empresas sediadas na capital.

“Lesiva era deixar a empresa falir e fechar as portas e perder mais de 300 empregos, perder o posicionamento estratégico que a CVA tem em Cabo Verde”, disse o chefe do Governo, indicando que assim como está a acontecer em toda a parte do mundo, o Estado ajuda a empresa porque se está numa situação “muito atípica”.

O chefe do Governo salientou que a pandemia que se vive há mais de um ano tem atingido particularmente o sector dos transportes aéreos e que assim como está a acontecer em toda a parte do mundo o Governo cabo-verdianos está também a apoiar a empresa de bandeira.

O primeiro-ministro assegurou ainda que tal medida ainda não vai contra as posições defendidas pelo MpD no que diz respeito à companhia aérea, já que, conforme defendeu, o aval não é injecção de capital e sim uma garantia.

“Mais uma vez estamos a salvar a CVA como fizemos em 2016. Uma coisa é meter dinheiro e deixar morrer, como a situação que encontramos em 2016, e outra coisa é criar as condições porque o aval não é injecção de capital. É garantia, é criar as condições para que a companhia voe e continue a desempenhar um bom papel em Cabo Verde”, sustentou.

Na sexta-feira, 26, o ministro dos Transportes, Carlos Santos, anunciou a aprovação de mais um aval à CVA no montante de milhões de euros, (cerca de 440 mil contos cabo-verdianos) para o reinício das operações e para financiar parte do saldo operacional negativo estimado num período de cinco meses.

O governante anunciou igualmente que Governo e a Loftleider Icelandic, do grupo Icelandair, da Islândia, assinam um novo acordo para a gestão da transportadora aérea, que vai permitir desenhar uma “solução robusta” para salvar a empresa e prepará-la para reiniciar as operações, que estão suspensas desde Março de 2020, devido à pandemia da covid-19.

Por outro lado, o ministro das Finanças, Olavo Correia, anunciou que o Governo vai e 1.551 mil contos para a Cabo Verde Airlines voltar a operar, mas que esse montante será ajustado em função da evolução do mercado.

Partilhe esta notícia

Comentários

  • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

Comentar

Caracteres restantes: 500

O privilégio de realizar comentários neste espaço está limitado a leitores registados e a assinantes do Santiago Magazine.
Santiago Magazine reserva-se ao direito de apagar os comentários que não cumpram as regras de moderação.