O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje aos jornalistas que está “tudo preparado” para o reinício, “muito brevemente”, das operações da Cabo Verde Airlines (CVA), companhia aérea com actividades suspensas desde Março do ano passado.
“Brevemente as próprias operações da CVA irão começar tendo em conta o momento difícil que estamos a viver, mas está tudo preparado para que se reiniciem as operações”, disse, quando questionado sobre a data da assinatura do novo contrato com a empresa Loftleider Icelandic, do grupo Icelandair (Islândia), para a gestão da transportadora nacional.
Informações avançadas hoje pela imprensa nacional indicam que Sara Pires, ex-presidente do conselho de administração da Radiotelevisão Cabo-verdiana (RTC), é a escolha do Governo para integrar o conselho de administração da CVA à luz do novo acordo.
Instado sobre o assunto, o primeiro-ministro não confirmou e nem desmentiu, adiantando apenas que o nome do representante do Estado na direcção da CVA será indicado brevemente.
Ulisses Correia e Silva disse que o Governo tem dialogado com os trabalhadores e a administração, fazendo pontes para se encontrar as melhores soluções.
No dia 26 de Fevereiro, o ministro dos Transportes, Carlos Santos, anunciou a aprovação de mais um aval à CVA no montante de milhões de euros, (cerca de 440 mil contos cabo-verdianos) na empresa para o reinício das operações e para financiar parte do saldo operacional negativo estimado num período de cinco meses.
O governante anunciou igualmente que Governo de Cabo Verde e a Loftleider Icelandic, do grupo Icelandair, assinam esta um novo acordo para a gestão da transportadora aérea cabo-verdiana, que vai permitir desenhar uma “solução robusta” para salvar a empresa e prepará-la para reiniciar as operações, que estão suspensas desde Março de 2020, devido a pandemia da covid-19.
Carlos Santos anunciou igualmente que o Estado vai passar a ter dois administradores no conselho de administração da Cabo Verde Airlines, sendo que um deles será “executivo e terá poderes amplos” que permitirão ao Estado passar a ter o controlo financeiro da empresa.
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